Grupo de imigrantes acolhidos pela JBS: em programa de apadrinhamento, colaboradores mais antigos auxiliam os novos na integração ao trabalho (JBS/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 21 de agosto de 2023 às 12h56.
Última atualização em 22 de março de 2024 às 12h42.
Uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com mais de 145 mil colaboradores espalhados nos mais de 130 municípios brasileiros em que se faz presente, a JBS acaba de ultrapassar a marca de 6.800 imigrantes atuando em seus escritórios e unidades produtivas no país. Com isso, passa a contar com 4% de sua força de trabalho formada por pessoas de outras nacionalidades.
“Isso não se restringe ao Brasil; essa é uma política que aplicamos em todos os países em que estamos. Em outros locais, também temos quadros de trabalho diversificados, com a presença de imigrantes. Acreditamos que, ao somar conhecimentos de várias procedências, ampliamos a excelência do que entregamos aos nossos clientes”, explica Fernando Meller, diretor-executivo de Recursos Humanos da JBS Brasil.
Como parte do programa, a companhia mantém um centro de recrutamento e seleção permanente em Boa Vista, Roraima, além de parcerias com várias ONGs que ajudam esses colaboradores a desenvolver as competências necessárias para trabalhar na empresa.
Outro cuidado é com a adaptação das famílias dos novos contratados. A empresa disponibiliza moradia e dá acesso ao ensino do idioma necessário. Os colaboradores também têm acesso a informes da empresa em vários idiomas e dialetos, incluindo informações sobre benefícios, instruções de segurança e materiais de treinamento.
Cada unidade da empresa oferece ainda acesso ao Language Lines, base com mais de 200 idiomas para comunicação clara nos postos de trabalho. Os profissionais de outros países têm acesso aos mesmos benefícios concedidos a todos os demais colaboradores.
Sobre a participação da JBS no Projeto Acolhida, uma iniciativa do governo federal para apoiar imigrantes que chegam ao Brasil, Meller destaca que ele ajuda a companhia a ter um quadro diverso.
“Contamos com diversos colaboradores que ingressaram pelo projeto Acolhida, reconstruíram suas vidas e estão seguindo carreira na JBS, inclusive indicando a empresa para outros imigrantes”, diz o executivo. “Além das iniciativas de apoio já oferecidas a todos os imigrantes que ingressam em nossos quadros, em razão da situação atípica que estavam vivendo, com a saída abrupta de seus países, implementamos também um projeto de ‘apadrinhamento’, em que colaboradores mais antigos auxiliam os novos na integração ao trabalho”, destaca.
A JBS também conta com outro projeto – o “JBS Sem Fronteiras” –, que visa levar colaboradores do Brasil para trabalhar em operações da companhia no exterior, possibilitando a troca de conhecimento e experiências em diferentes unidades no mundo. Na edição deste ano, foram abertas 1.500 oportunidades em diversas funções nas áreas produtivas e administrativas, para atuação na JBS Austrália.
“O JBS Sem Fronteiras é um programa que, além de proporcionar aos nossos colaboradores a oportunidade de se desenvolver profissionalmente, é mais uma forma de fortalecer nossa cultura e estratégia de formar equipes com experiências e vivências diversas em todas as nossas unidades”, pontua Meller.
Atualmente, a JBS atende clientes em mais de 190 nações, e conta com mais de 260 mil colaboradores pelo mudo, em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália e China.