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Jari vai parar produção de celulose na Amazônia

A decisão está alinhada à posição do grupo de buscar alternativas consideradas mais atrativas para a fábrica instaladas no Pará


	Celulose: com o volume produzido até o momento, a unidade paraense terá condições de atender os clientes até março
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Celulose: com o volume produzido até o momento, a unidade paraense terá condições de atender os clientes até março (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 09h47.

São Paulo - O sonho de se produzir celulose em plena Floresta Amazônica, que teve início em 1967 com o Projeto Jari, do bilionário americano Daniel Ludwig, será paralisado mais uma vez. A Jari Celulose, Papel e Embalagens, empresa controlada pelo Grupo Orsa (que assumiu os ativos do Projeto Jari em 2000), vai interromper as atividades da sua fábrica de celulose de eucalipto a partir de janeiro.

A decisão está alinhada à posição do grupo de buscar alternativas consideradas mais atrativas para a fábrica instalada em Almeirim, no Pará. A medida deve acabar beneficiando as demais empresas do setor, em um momento no qual há expectativa de maior pressão no mercado, por conta da entrada em operação da fábrica de celulose da Eldorado, em Três Lagoas (MS).

No final de outubro, a Agência Estado havia noticiado que o modelo de negócios da Jari na área de celulose seria revisto. Em entrevista, o presidente do Grupo Orsa, Sergio Amoroso, afirmou que a empresa estudava alternativas e estava atenta à possibilidade de migrar para o mercado de especialidades. A companhia, então, decidiu anunciar a decisão aos clientes e não dar andamento a assinatura de contratos após janeiro do próximo ano.

A unidade paraense tem capacidade para produzir 410 mil toneladas anuais de celulose de eucalipto e, com o volume produzido até o momento, terá condições de atender os clientes até março. A decisão sobre o futuro da unidade de celulose deverá ser tomada pelo Grupo Orsa até o final deste ano.

A informação de que a Jari interromperia as atividades em janeiro agradou os analistas. O banco JP Morgan publicou na terça-feira relatório no qual comentava os efeitos positivos da decisão para o mercado de celulose de eucalipto, principalmente para Fibria e Suzano Papel e Celulose. Para a instituição, a medida reduziria a pressão esperada para o mercado por conta do início das operações da Eldorado, neste mês, e de outras duas fábricas de celulose (Suzano e Arauco/Stora Enso), em 2013. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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