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Japão sinaliza socorro para operadora de usina nuclear

Governo quer impedir a falência da Tepco com um plano para ajudar a pagar suas dívidas e indenizações pelo acidente nuclear de Fukushima

Técnicos trabalham para conter radiação em Fukushima: acidente custa caro à Tepco (Divulgação/Tepco)

Técnicos trabalham para conter radiação em Fukushima: acidente custa caro à Tepco (Divulgação/Tepco)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 13h36.

Tóquio - O governo do Japão sinalizou hoje sua intenção de aprovar um pacote de socorro para a Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de março no país. "Vamos ter um debate aprofundado sobre esta questão," disse o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda. "Ainda há tempo de sobra para discussão na atual sessão parlamentar, que está definida para terminar em 22 de junho," acrescentou.

Uma ratificação rápida da legislação é considerada crucial para manter a Tepco viva. A empresa está enfrentando resgates de dívida de 750 bilhões de ienes até março do ano que vem, bem como pedidos de indenizações massivas por parte das vítimas do desastre na usina nuclear de Fukushima. O pacote de socorro está designado para transferir o ônus da indenização temporariamente para outras concessionárias e contribuintes, permitindo que a Tepco pague todos os passivos ao longo de um período de tempo.

Mas alguns legisladores do partido no poder no Japão se opõem à proposta. O plano de resgate deverá levar vários meses para ser executado mesmo após ser aprovado pelo Parlamento. Analistas da agência de classificação de risco Moody's disseram que o fracasso em obter o socorro na sessão atual do Parlamento poderá resultar num grave problema de financiamento para a Tepco no início do próximo ano.

Para ganhar apoio público para um socorro financiado pelos contribuintes, a Tepco revelou hoje um plano de corte de custos de 600 bilhões de ienes. A companhia também reportou um prejuízo líquido de 1,247 trilhão de ienes (US$ 15,286 bilhões) nos últimos 12 meses até março, em comparação com o lucro líquido de 133,78 bilhões de ienes registrado no ano fiscal anterior. Esse foi o maior prejuízo anual da história das empresas japonesas, excluindo o setor financeiro. As informações são da Dow Jones.

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