Armínio Fraga, presidente do Banco Central. (Oscar Cabral/VEJA)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2011 às 18h33.
São Paulo - A Highbridge Capital Management, empresa de gestão detida pelo J.P. Morgan, confirmou nesta quarta-feira (27) a compra de 55% de participação no Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
As empresas mantinham conversas, pelo menos, desde o início do ano. “Enquanto nosso mercado emergente se beneficiará com a plataforma global do Highbride, nós nos beneficiaremos com sua competência em criar novos negócios como os nossos”, afirmou Arminio Fraga em comunicado, presidente da Gávea que detém cerca de 6 bilhões de dólares em ativos. A Highbridge, sediada em Nova York, tem escritórios em Londres, Hong Kong e Tóquio para gerir cerca de 21 bilhões de dólares.
"Esse foi um longo namoro com um dos melhores fundos do mundo”, disse Mary Callahan Erdoes, presidente do J.P. Morgan. “A nova parceria dá aos nossos clientes a combinação ideal para explorar mercados emergentes com a expertise do J.P. Morgan.” O relacionamento entre o ex-presidente do Banco Central e o J.P. Morgan é antigo. Desde 2004, ele é membro do conselho internacional do banco. De acordo com Claudio Berquo, presidente da unidade brasileira do J.P. Morgan, essa aliança permitirá a expansão do fundo no Brasil e na América Latina.
A Gávea terá uma relação similar à criada pela J.P. Morgan quando ela comprou a Highbridge em 2004, por 1 bilhão de dólares. Segundo o contrato, nos primeiros três a cinco anos, os atuais sócios da Gávea permanecerão à frente do negócio. Os processos de investimentos do fundo brasileiro continuarão, então, inalterados após a operação. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, na VEJA.com, Fraga não poderá assumir o Ministério da Fazenda num eventual governo Serra, como o candidato já demonstrou esse desejo.