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Itaú Unibanco tem lucro líquido de R$4,42 bi no 1º trimestre

O lucro do maior banco privado do Brasil foi de 4,53 bilhões de reais


	Agência do banco Itaú: o resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas
 (Sérgio Moraes/Reuters)

Agência do banco Itaú: o resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas (Sérgio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 17h29.

São Paulo - O Itaú Unibanco divulgou lucro do primeiro trimestre em linha com as previsões, pautado por nova queda dos calotes, crescimento moderado do crédito, recuo de margens e forte avanço das receitas com serviços.

O maior banco privado da América Latina anunciou nesta terça-feira lucro líquido de 4,42 bilhões de reais para os três primeiros meses deste ano, crescimento de 27,3 por cento ante igual período de 2013.

Excluindo eventos extraordinários, o lucro do Itaú Unibanco foi de 4,53 bilhões de reais, aumento anual de 29 por cento. A previsão de sete analistas consultados pela Reuters era de lucro nessa base de 4,54 bilhões de reais.

Porém, na comparação com o quarto trimestre do ano passado, o lucro recorrente do Itaú Unibanco de janeiro a março caiu 3,2 por cento. Segundo o banco, o recuo sequencial ocorreu por redução das receitas de recuperação de créditos e pela diminuição da margem financeira com o mercado. Influenciou ainda leve alta nas despesas com provisões para calotes.

O resultado do Itaú Unibanco veio depois que o concorrente mais direto, o Bradesco, anunciou na semana passada lucro líquido recorrente acima do esperado pelo mercado, com alta anual de 18 por cento.

O Itaú Unibanco fechou março com uma carteira total de crédito de 508,25 bilhões de reais, um avanço de 11,4 por cento em 12 meses, com destaque para as linhas de consignado (alta de 51,6 por cento) e imobiliário (alta de 31,7 por cento). O crédito para veículos caiu 23,6 por cento.

As ações preferenciais do Itaú tinham alta de perto de 1,20 por cento às 10h49, abaixo da valorização de 1,75 por cento do Ibovespa no mesmo horário.


Calotes

O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 3,5 por cento no primeiro trimestre, ante 3,7 por cento em dezembro e 4,5 por cento um ano antes. Foi a sétima queda seguida, para o menor nível desde a fusão entre Itaú e Unibanco, no fim de 2008.

A inadimplência de curto prazo total, medida por empréstimos com atrasos entre 15 e 90 dias, se manteve estável em 3 por cento sobre o fim de 2013 e recuou ante os 4 por cento do primeiro trimestre de 2013.

No segmento pessoa física, contudo, a inadimplência de curto prazo subiu de 4,7 para 4,9 por cento entre o fim de 2013 e o primeiro trimestre, enquanto entre empresas houve recuo de 1,5 para 1,4 por cento.

Já as despesas do Itaú com provisões para perdas com calotes somaram 4,25 bilhões de reais no trimestre. Embora tenham caído 13,9 por cento contra um ano antes, elas subiram 1,4 por cento sobre dezembro.

O Itaú Unibanco teve receita com tarifas e serviços de 6,057 bilhões de reais de janeiro a março, alta de 18,3 por cento em 12 meses.

O retorno recorrente do Itaú Unibanco sobre o patrimônio (ROE) foi de 22,6 por cento no período, ante 19,1 por cento no primeiro trimestre do ano passado.

Um ponto mais fraco do balanço foi a margem líquida obtida com clientes (ajustado ao risco), que atingiu 6,6 por cento no trimestre, queda de 0,3 ponto ante o quarto trimestre de 2013, embora tenha crescido 0,7 por cento na comparação anual.

O Itaú Unibanco encerrou o primeiro trimestre com 94.895 funcionários, ante 95.696 mil do encerramento de 2013 e redução de 1.460 posições sobre os três primeiros meses do ano passado.

O Bradesco, por sua vez, reduziu o número de funcionários de 102,79 mil para 99,55 mil, em 12 meses até março.

Texto atualizado às 17h29min do mesmo dia.

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