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Itaú Unibanco recebe US$150 mi do CAF para financiar PMEs de mulheres

Recursos vão financiar empresas com faturamento de até R$ 60 milhões por ano; mulheres devem ser doas de pelo menos 51%

Itaú: banco financiará empresas de mulheres no Brasil (Sergio Moraes/Reuters)

Itaú: banco financiará empresas de mulheres no Brasil (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de março de 2019 às 09h50.

São Paulo - O Itaú Unibanco anunciou nesta sexta-feira que recebeu uma linha de 150 milhões de dólares do CAF, banco de desenvolvimento da América Latina, para financiar pequenas e médias empresas de propriedade de mulheres no Brasil.

Os recursos vão financiar empresas com faturamento de até 60 milhões de reais por ano e cujo controle societário seja de pelo menos 51 por cento de mulher, afirmou o Itaú Unibanco, explicando que as concessões seguirão a mesma política do banco para empréstimos a empresas.

Segundo levantamento encomendado no ano passado pelo CAF, Corporação Andina de Fomento, as mulheres têm tido acesso limitado a crédito e produtos financeiros, tanto na pessoa física quanto na jurídica, devido a estereótipos e a falta de informação tanto por parte de bancos quanto de governos na América Latina.

"Para melhorar a situação atual, é recomendável que as instituições financeiras abordem a perspectiva de gênero, potencializem as capacidades das mulheres", afirmou em comunicado Jaime Holguín, diretor do CAF no Brasil.

Mesmo assim, elas são maioria no público empreendedor no Brasil. Segundo pesquisa do Monitoramento de Empreendedorismo Global (GEM), as mulheres lideravam 51,5 por cento dos novos negócio no país, que detém a maior taxa dos BRICs de empreendedorismo feminino, considerando negócios com até 3,5 anos.

De acordo com números do próprio Itaú Unibanco, essa tendência vem se consolidando. No quarto trimestre, o volume de operações de crédito da instituição para empresas controladas por mulheres tinha crescido 46 por cento sobre um ano antes.No entanto, o banco também constatou que, conforme a empresa ganha porte menor é a participação feminina no controle. Elas representavam, por exemplo, 54 por cento dos clientes do microcrédito, mas o índice caía para 38,4 por cento nas pequenas empresas (com faturamento de até 1,2 milhão de reais por ano).

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