Negócios

Itaú, Santander e Safra fazem oferta por negócio do Citi

Itaú Unibanco, Santander e Safra já enviaram propostas não-vinculantes (em que não há a obrigação de compra) pelas operações de varejo do Citi


	Citi: banco decidiu que vai aceitar ofertas separadas pelos negócios de varejo em cada país onde há ativos à venda (Brasil, Argentina e Colômbia)
 (Mario Tama/Getty Images)

Citi: banco decidiu que vai aceitar ofertas separadas pelos negócios de varejo em cada país onde há ativos à venda (Brasil, Argentina e Colômbia) (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 10h49.

São Paulo - Os bancos Itaú Unibanco, Santander e Safra já enviaram propostas não-vinculantes (em que não há a obrigação de compra) pelas operações de varejo do Citi, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O americano, que deu até a semana passada como prazo para os interessados darem seus lances, decidiu aceitar ofertas separadas para cada país, uma vez que estão à venda seus negócios no Brasil, Argentina e Colômbia.

O Itaú, por exemplo, teria feito oferta apenas pelos ativos no Brasil, conforme fontes. Já o lance do Santander incluiria, segundo as mesmas fontes, além de Brasil, as operações na Argentina. Outra fonte, porém, sugere que poderia ser uma oferta pelos três Países.

O Safra também teria feito proposta só pelo Brasil já que não atua nem na Argentina nem na Colômbia. Dentre os estrangeiros, foi citado Scotiabank, que concluiu no ano passado a compra da operação de varejo do Citi no Peru.

As apostas do mercado estão divididas, mas executivos acreditam que a disputa será menos intensa do que a do HSBC já que as operações têm tamanhos diferentes.

Muitos dizem que o Itaú já teria vencido a disputa, enquanto alguns garantem que o banco só terá interesse no Citi por um preço bem atrativo.

A instituição não fez oferta pela operação do Citi na Argentina em meio à incerteza política futura. Na Colômbia, lembra uma fonte, teria desafios maiores, porque já está no meio de uma integração da sua operação local com a do chileno CorpBanca, adquirido recentemente.

Executivos também destacam uma maior seletividade por parte do espanhol Santander, mas acham que a instituição faria uma força para fechar o negócio, já que perdeu o HSBC e tem bastante interesse pela operação argentina do Citi.

Questionado, o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, reafirmou que o banco iria olhar as operações de varejo do Citi. "Já disse que iríamos ver a operação do Citi", afirmou ele, a jornalistas, mas não confirmou se o banco havia enviado uma proposta formal.

O interesse do Safra, diz outra fonte, estaria na base de alta renda do Citi e ainda em reforçar sua presença no Brasil, onde a concentração de bancos aumentou após a venda do HSBC para o Bradesco.

Outra fonte lembra, porém, que o Citi não é o primeiro banco dos seus clientes no Brasil, por isso, muitos poderiam facilmente encerrar suas contas dependendo da instituição que assumisse a operação.

Processo

As propostas não-vinculantes não obrigam o candidato a comprar o ativo pelo preço ofertado. Isso porque, após a oferta ser aceita, uma nova rodada de conversas ocorre e os candidatos que passaram da primeira fase têm acesso a mais informações e ao data room.

Depois disso, fazem nova oferta e só então o banco vencedor fará uma negociação com exclusividade com o vendedor.

Com 71 agências no Brasil, o Citi teve lucro líquido de R$ 895 milhões no ano passado. O banco encerrou 2015 com R$ 76 bilhões em ativos totais e patrimônio líquido de R$ 7,7 bilhões. Esses resultados incluem o atacado.

No varejo, conforme fonte, o resultado está negativo há bastante tempo, um dos motivos para o Citi se desfazer da operação no País. Procurados, Citi, Itaú, Santander e Safra não comentaram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Banco SafraBancosCitiEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasFinançasItaúItaúsaSantander

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida