Itaú: banco investiu 23 milhões de reais em bolsas de estudo para funcionários cursarem graduação e pós-graduação em 2013 (Germano Lüders/EXAME.com)
Luísa Melo
Publicado em 27 de março de 2014 às 17h08.
São Paulo - Do início de 2013 até agora, o Itaú já investiu cerca de 120 milhões de reais na capacitação de seus funcionários. Até o fim do ano, a expectativa é que mais 120 milhões sejam usados para esse fim.
A principal aliada do banco nessa tarefa, é a Escola Itaú de Negócios. A estrutura mantida pela empresa oferece cursos e treinamentos voltados para o négocio, a formação de pessoas e liderança, que tiveram cerca de 77 mil participações presenciais e 865 mil à distância só no ano passado.
Com a organização atual, a escola existe desde o fim de 2008, após a fusão com o Unibanco. Ela promove desde formações técnicas — como a de caixas, comercial e de crédito — a instruções comportamentais. Dependendo do negócio, as aulas podem ser ministradas no centro de treinamento da empresa (que fica na sede empresarial, em São Paulo), nas agências onde os profissionais trabalham, ou por telepresença.
"É um grande guarda-chuva, nós não restringimos os formatos. Para cada caso, fazemos uma análise profunda para ver qual a melhor forma de aprender", diz o o diretor da área de pessoas do Itaú, Sérgio Fajerman.
Entre os cursos ofertados, 513 ficam disponíveis no sistema do banco e podem ser feitos pelos funcionários quando quiserem. Os chamados e-learnings abrangem uma diversidade de temas como o uso de ferramentas como Excel e dicas de português e matemática financeira.
Liderança
O investimento em liderança é um dos pilares da escola de negócios de que o Itaú mais se orgulha. "Fazer um treinamento é fácil, formar líderes é que é difícil", diz Sérgio.
Para cumprir essa tarefa, o banco conta com uma projeto robusto. Quando o funcionário ocupa o seu primeiro cargo como chefe, passa por um treinamento que envolve conhecimentos sobre como dar feedback e selecionar candidatos; como lidar com diferentes estilos de mentalidade; sobre as leis trabalhistas e ética. Em 2013, 4 mil funcionários participaram.
À medida em que o líder vai ascendendo na carreira, recebe novas orientações. Os executivos que chegam ao cargo de superintendente podem participar do Programa de Gestão Estratégica de Negócios e Pessoas (PGENP). Trata-se de uma espécie de "mini MBA" voltado para atualidades e negócio bancário. O projeto, que começou em 2005, é realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral e já formou 207 profissionais.
Já os diretores, recebem uma instrução mais personalizada. A organização do banco estuda as necessidades da carreira e dos negócios de cada um deles e oferece opções de aprimoramento dentro e fora da empresa.
Incentivos
Além dos programas de formação internos, o Itaú financia parte de cursos de graduação e pós-graduação para a sua equipe. "Se for interessante para o banco que um funcionário faça um MBA em gestão, ele pode ser eleito para receber uma bolsa", exemplica Sérgio.
Para isso, é reservado uma verba (que no ano passado foi de 23 milhões de reais) e os executivos de cada área da empresa escolhem entre seus funcionários aqueles que se destacam e devem receber o subsídio. No ano passado, 5.997 colaboradores foram contemplados. Os critérios para a seleção são baseados em entrega de resultados, potencial para crescer e interesse do profissional. Em média, o companhia banca 60% do valor total dos cursos.
Parceria
Este ano, a Escola Itaú de Negócios criou mais um programa de ensino, desta vez voltado para língua estrangeira. Por meio de uma parceria, profissionais da Alumni estão indo até o núcleo empresarial do banco, no Jabaquara, para dar aulas de inglês aos funcionários. O curso é bancado em parte pela companhia e em parte pelos colaboradores. Dos 12 mil que trabalham na sede, 229 estão frequentando as aulas. A ideia é expandir a abragência do programa ao longo dos anos.
O banco também trabalha com uma rede de instituições de ensino parceiras que concedem descontos para seus funcionários. Esse auxílio, porém, está disponível para todo o time (num total de 94 mil pessoas) e é tido como um benefício oferecido pela empresa, portanto, não é ligado à escola de negócios.