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Itaú confirma acordo para comprar 49,9% da XP por R$ 5,7 bi

Acordo inclui aporte de R$ 600 milhões do Itaú, levando o valor total da compra para R$ 6,3 bilhões

Banco Itaú (Reprodução/Wikimedia Commons)

Banco Itaú (Reprodução/Wikimedia Commons)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 11 de maio de 2017 às 22h20.

Última atualização em 12 de maio de 2017 às 09h59.

São Paulo - O Itaú e a XP Investimentos confirmaram ter fechado acordo para que o banco compre uma participação de 49,9% na corretora.

A notícia da negociação foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar, da Revista Exame.

O Itaú se comprometeu a pagar R$ 5,7 bilhões pelas ações da holding, e ainda fazer um aporte de R$ 600 milhões na empresa.

O acordo prevê que, em 2020, o Itaú compre mais 12,5% das ações, o que levaria sua participação na XP para 62,4%. Em 2022, uma nova compra programada fará com que o Itaú seja dono de 74,9% da corretora.

Segundo fato relevante divulgado pelo Itaú, o valor atribuído a 100% do capital social total da XP é de aproximadamente R$ 12 bilhões. Assim, o Itaú está pagando 20 vezes o lucro projetado da XP em 2018.

O acordo já era esperado pelo mercado. Pela manhã, o Estadão chegou a divulgar que ele tinha sido fechado, mas o banco negou. Na Bolsa, a ação do Itaú teve alta de 1,71%, com o fechamento do negócio no radar dos investidores.

A XP vem crescendo a passos largos vendendo a ideia de "desbancarização". Esse crescimento incomodava o Itaú, que assim neutraliza um concorrente promissor.

A consultoria, liderada pelo fundador Guilherme Benchimol, conta hoje com 1.970 agentes autônomos distribuídos em mais de 550 escritórios e 132 cidades do país, e tem uma carteira de 168 mil clientes.

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