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Itaú BBA não descarta aquisições, diz executivo

O baixo apetite das empresas em captar recursos via bolsa tem impactado de maneira negativa o resultado dos bancos de investimento no Brasil

Nova sede do Itaú BBA em São Paulo, que será construída pela Tishman Speyer (Divulgação)

Nova sede do Itaú BBA em São Paulo, que será construída pela Tishman Speyer (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 09h05.

São Paulo - O sócio do Itaú BBA Candido Bracher disse nesta terça-feira (25) que o banco segue crescendo de maneira orgânica, mas não descarta aquisições. "Um banco de investimento precisa ter muito cuidado ao fazer uma aquisição, pois ao entrar em um país, torna-se vulnerável às fontes concentradas de captação", explicou, ressaltando que o Itaú BBA não é contrário a aquisições.

"Se tivermos boas oportunidades, vamos avaliar", acrescentou, em conversa com jornalistas, após participar de encontro do Itaú Unibanco com analistas e investidores. De acordo com Bracher, do ano passado para cá, o banco já contratou em torno de 40 pessoas. Questionado sobre o "namoro" do Itaú BBA com o México, o sócio do banco disse que o ingresso naquele país está sendo avaliado, uma vez que o spread (custo que o banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar) é baixo e o mercado é muito competitivo.

Ele também disse que o aumento das emissões de instrumentos de renda fixa no exterior não está sendo suficiente para compensar o fraco volume de ofertas de ações no mercado brasileiro em termos de receita. O ideal seria, conforme ele, que os dois segmentos estivessem crescendo. O baixo apetite das empresas em captar recursos via bolsa tem impactado de maneira negativa o resultado dos bancos de investimento no Brasil. Neste ano, apenas três empresas abriram capital, além da Taesa, que fez um re-IPO, conforme a companhia, já que suas ações já eram listadas em bolsa.

Bracher admitiu que o Itaú BBA está sentindo falta de um mercado de renda variável mais ativo. Em um cenário de juros baixos, a tendência, na opinião do executivo, é de que o volume de ofertas de ações aumente, com investidores buscando mais a renda variável em troca de uma rentabilidade maior. "Mas isso não aconteceu. Estamos vendo sinais de recuperação da economia e da bolsa brasileira. É possível que tenhamos mais ofertas e uma abertura da janela neste ano, mas não dá para prever", disse.

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