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Itaú BBA contrata na Colômbia e nos EUA para crescer em 2014

O braço atacadista do banco vai ampliar sua equipe de funcionários na Colômbia em 25% e aumentar as contratações nos EUA para elevar a receita internacional


	Nova sede do Itaú BBA em São Paulo: Itaú BBA também tem como alvo 500 empresas nos EUA para oferecer serviços de banco de investimento nos próximos 5 anos
 (Divulgação)

Nova sede do Itaú BBA em São Paulo: Itaú BBA também tem como alvo 500 empresas nos EUA para oferecer serviços de banco de investimento nos próximos 5 anos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 14h08.

São Paulo - O Banco Itaú BBA SA, o braço atacadista do maior banco da América Latina por valor de mercado, vai ampliar sua equipe de funcionários na Colômbia em 25 por cento neste ano e aumentar as contratações nos EUA para aumentar a receita internacional.

A filial da Colômbia tem cerca de 40 funcionários e planos de contratar dez em 2014 para “ampliar a nossa relação com as maiores empresas do país e com as multinacionais que investem aqui”, disse Ramiro González Prandi, diretor da unidade, em entrevista pelo telefone de Bogotá.

Itaú BBA também tem como alvo 500 empresas nos EUA para oferecer serviços de banco de investimento nos próximos 5 anos, diz Almir Vignoto, chefe do Itaú BBA para os EUA. “Vamos replicar nos EUA o negócio que temos na Europa, onde temos como alvo os clientes corporativos com interesses comerciais na América Latina”, disse Vignoto em entrevista.

O banco também está investindo em tecnologia e contratação de mais pessoas, acrescentou, mas não quis dizer quantas contratações pretende fazer nos EUA

O Itaú BBA, o Banco Bradesco SA e o Grupo BTG Pactual são alguns dos bancos brasileiros que estão expandindo seus negócios atacadistas internacionais porque o crescimento econômico nos seus mercados nacionais está aquém do de alguns países vizinhos na América Latina.

O Itaú BBA, unidade do Itaú Unibanco Holding SA, com sede em São Paulo, tem como objetivo aumentar a renda obtida fora do Brasil de 10 por cento atual para 20 por cento até 2020, disse Cândido Bracher, CEO do Itaú BBA, em um almoço com jornalistas em 11 de dezembro.


“Vamos replicar nos EUA o negócio que temos na Europa, onde temos como alvo os clientes corporativos com interesses comerciais na América Latina”, disse Vignoto em uma entrevista. Ele disse que o banco também investirá em tecnologia e contratará mais pessoas.

Em março, o Itaú concedeu um empréstimo de US$ 110 milhões à filial da Telefónica SA, com sede em Madri, na Colômbia e em novembro ajudou a estruturar um empréstimo sindicalizado de US$ 600 milhões à Advent International Plc, com sede em Londres.

Clientes nos EUA

A maior parte dos negócios da divisão do Itaú BBA em Nova York tem origem no Brasil e em outros países latino-americanos, disse Vignoto. O banco só recentemente começou a desenvolver relações com clientes corporativos americanos que têm investimentos na América Latina. O total de ativos da divisão em Nova York, incluindo operações com recursos próprios, chega a cerca de US$ 17 bilhões.

O Itaú consolida grande parte do caixa gerado pelas operações mundiais do banco na divisão em Nova York e o excedente é investido com a Reserva Federal, disse Vignoto.

O banco possui cerca de 150 funcionários em Nova York e suas operações incluem uma corretora de valores e uma companhia de gestão de ativos. Com quase US$ 1 bilhão em capital, a divisão do Itaú BBA em Nova York possui recursos suficientes “para expandir nosso negócio de forma sólida e sustentável”, disse ele.


Empresas na Colômbia

Na Colômbia, o Itaú BBA identificou 600 empresas que queria atrair como clientes e já está trabalhando com 200, disse Prandi. Em abril, o credor contratou Marcel Patino, ex-diretor de serviços bancários corporativos e investment banking do Citigroup Inc. na Colômbia, para dirigir a área de investment banking nesse país. Em outubro de 2012, o Itaú disse que investiria R$ 395 milhões (US$ 163 milhões) na Colômbia.

Os bancos brasileiros continuam muito aquém dos maiores credores mundiais no que se refere à obtenção de trabalhos de investment banking na América Latina. Não há empresas brasileiras entre as dez principais no ranking de taxas cobradas por assessoramento em fusões e aquisições ou por subscrições de dívidas e ações na América Latina fora do Brasil no ano passado, segundo a Dealogic, empresa de pesquisa com sede em Londres.

Prandi diz que o Itaú está fazendo progressos na Colômbia.

“Depois de apenas um ano no país, já estamos participando de alguns dos negócios mais importantes da Colômbia”, disse Prandi. Ele citou o trabalho do Itaú BBA como coordenador global na venda de US$ 870 milhões de ações da Cementos Argos SA em abril e como bookrunner no financiamento de US$ 370 milhões em projetos da Sociedad Portuaria Puerto Bahía, assinado no dia 4 de outubro.

O Itaú BBA também foi gerente-chefe conjunto na emissão de US$ 1,3 bilhão de títulos internacionais da Pacific Rubiales Energy Corp. em novembro.

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