Itaú: inadimplência de pessoa física deve crescer ainda neste ano (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Daniela Barbosa
Publicado em 3 de novembro de 2011 às 17h44.
São Paulo – O índice de inadimplência do Itaú Unibanco para pessoa física atingiu 6,3% no terceiro trimestre do ano, para pagamentos com atrasos superior a 90 dias. O volume é o maior apresentado pelo banco desde junho de 2010. Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento de 0,5 ponto percentual e o Itaú ainda espera uma pequena alta para o quarto trimestre antes da estabilização e posteriormente queda.
“Quando olhamos para frente, vemos um cenário de incertezas. Mas haverá claramente uma desaceleração desse crescimento. Estamos caminhando para a estabilização nos próximos meses”, afirmou Rogério Calderon, diretor corporativo de controladoria do Itaú Unibanco, nesta terça-feira, em teleconferência com a imprensa.
Segundo ele, o ritmo de crescimento da carteira de crédito para pessoa física é uma variável importante para medir o nível de inadimplência no período. No terceiro trimestre, a carteira para pessoa física cresceu 21,3% na comparação com o mesmo período de 2010, somando 141,4 milhões de reais.
Já a inadimplência para pessoa jurídica do banco permaneceu estável no terceiro trimestre, atingindo o patamar de 3,5% no período. O índice total de inadimplência do banco cresceu 0,2 ponto percentual, chegando ao nível de 4,7%.
No terceiro trimestre, a carteira de crédito para pessoa jurídica cresceu 22,4%, totalizando 221,6 milhões de reais. O destaque fica para empréstimos liberados a grandes empresas, no qual houve alta de quase 24% na comparação com o trimestre anterior. Já os empréstimos para pequenas empresas cresceram 20% no período.
“A carteira para pequenas empresas vai continuar crescendo, mas em um ritmo moderado. Trata-se de uma postura prudente e conservadora adotada pelo banco de pedir mais garantias”, afirmou Calderon.
Nesta terça-feira, o Itaú divulgou seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2011. No período, o lucro líquido do banco cresceu 25,5%, somando 3,8 bilhões de reais. No acumulado do ano, o lucro totalizou 10,9 bilhões de reais.