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Italiana Eni tenta retomar produção de petróleo na Líbia

Companhia é a principal produtora do setor na Líbia, onde a maioria de suas instalações foi construída pela subsidiária Saipem

Informação veio de Franco Frattini, ministro de Relações Exteriores italiano (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Informação veio de Franco Frattini, ministro de Relações Exteriores italiano (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 12h00.

Milão - O ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, afirmou hoje que técnicos da Eni já estão trabalhando para a retomada da produção de petróleo e gás natural na Líbia. Maior companhia do setor petrolífero da Itália, a Eni é a principal produtora do setor na Líbia, onde a maioria de suas instalações foi construída pela subsidiária Saipem. Há pouco, as ações da Eni estavam em alta de 7,85% em Milão.

Em entrevista à televisão estatal RAI, Frattini disse que os técnicos da Eni já pediram aos líderes rebeldes de Benghazi que reativem as usinas. Segundo ele, já houve consultas técnicas sobre o tema na semana passada. Nesta segunda-feira, os rebeldes avançam pela capital, Trípoli, gerando a expectativa de uma troca de poder iminente no país do norte da África.

A Eni não quis comentar a fala do ministro. A companhia notou, porém, que a retomada da produção pode levar algum tempo - cerca de dois meses para o gás natural e até um ano no caso do petróleo.

Em 2010, a Eni produziu 273 mil barris de petróleo e gás natural na Líbia, cerca de 15% de sua produção mundial. A produção de gás e petróleo está quase paralisada na Líbia desde fevereiro, por causa dos conflitos entre rebeldes e o regime de Muamar Kadafi.

A Líbia produz menos de 2% da demanda mundial de petróleo, porém a perda dessa produção afetou os preços por causa da alta qualidade e do uso desse petróleo por refinarias da Europa.

A Eni retirou todo seu pessoal na Líbia em março, mas afirmou que não houve danos em suas usinas e oleodutos e, dessa maneira, será capaz de retomar a produção para os níveis anteriores à crise assim que a situação voltar ao normal. As informações são da Associated Press.

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