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Investimentos da Embrapa geram lucro de R$ 18 bilhões

Segundo a entidade, para cada real aplicado em pesquisa foram gerados R$ 9,35 para a sociedade

Escritório da Embrapa: entidade teve receita de R$ 1,94 bilhão em 2010 (Valter Campanato/ABr)

Escritório da Embrapa: entidade teve receita de R$ 1,94 bilhão em 2010 (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 19h20.

Brasília - Os recursos investidos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 2010 geraram um lucro de R$ 18,16 bilhões à sociedade. Como sua receita líquida foi de R$ 1,94 bilhão, para cada real aplicado foram gerados R$ 9,35 para a sociedade brasileira, segundo dados apresentados hoje (26), no aniversário de 38 anos da Embrapa, por seu presidente, Pedro Arraes.

O levantamento levou em conta os impactos de 110 tecnologias e 140 cultivares desenvolvidas e transferidas à sociedade. Entre as novas tecnologias apresentadas hoje, está a descoberta de uma mutação genética natural em ovelhas da raça Santa Inês, capaz de aumentar em até 82% a ovulação, fazendo com que as fêmeas tenham 58% mais crias. De acordo com a empresa, isso “pode beneficiar significativamente os sistemas produtivos e os agricultores familiares da Região Nordeste”, que concentra o maior rebanho de Santa Inês do país.

Outra tecnologia que deve estar acessível à população em breve é a WebAgritec, uma ferramenta de internet que deve ajudar o agricultor e o profissional ligado ao setor no planejamento e acompanhamento de sua cultura. Após um trabalho de dois anos no desenvolvimento do sistema, a Embrapa está prestes a disponibilizar uma ferramenta de orientação sobre zoneamento, diminuindo os riscos da produção e viabilizando a aquisição de crédito rural, plantio, adubação, monitoramento, previsão, diagnóstico, com informações sobre pragas e suas consequências nas plantas em cada estágio, e multimídia.

Segundo o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Assad, que está cedido ao ministério pela Embrapa e ajudou a desenvolver o WebAgritec, a tecnologia, quando estiver disponível, poderá verticalizar a produção brasileira e tem várias vantagens: “É em tempo real, reduz os riscos, melhora as práticas agrícolas, reduzindo a necessidade de expansão de área e, consequentemente, diminui as emissões de gases de efeito estufa”.

Elogiada por governos e organizações internacionais, por sua eficiência no desenvolvimento da agricultura tropical, a Embrapa, além de contar com 47 unidades distribuídas por todas as regiões e biomas brasileiros, já tem laboratórios virtuais nos Estados Unidos, na França, Inglaterra, Coreia do Sul e China, lançado este mês durante a visita da presidenta Dilma Rousseff ao país. Ainda no exterior, um dos focos, segundo Pedro Arraes, é viabilizar uma troca mais ampla de tecnologias onde há cooperação técnica, como em Gana, Moçambique, Mali e no Senegal, na África.

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