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Investigada, Tesco pode parar às vésperas do natal

Segundo maior varejista do mundo pode ter “parada operacional” por confisco de laptops dos executivos


	Tesco: Executivos estão sendo interrogados por inflar os lucros em 250 milhões de libras
 (Wikicommons)

Tesco: Executivos estão sendo interrogados por inflar os lucros em 250 milhões de libras (Wikicommons)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 15h46.

São Paulo – Uma paralização ameaça as operações de natal da Tesco, que está sob investigação contábil.

Executivos da companhia estão sendo interrogados por inflar os lucros de janeiro a junho em 250 milhões de libras, ou 319 milhões de euros. A empresa revisou os lucros de janeiro a junho, de 1,4 bilhão para 1,1 bilhão de euros, depois que a diferença foi descoberta.

Por conta da investigação, os executivos deverão entregar os seus computadores e congelar reuniões. Isso prejudicaria a operação de natal, uma das mais complexas para varejistas. 10 dos principais executivos da rede varejista foram demitidos, suspensos ou rebaixados. 

Em nota, o analista Mike Dennis, da consultoria Cantor Fitzgerald, afirmou: “A investigação forense pode, na nossa visão, criar uma paralização operacional para Tesco, antes da operação de natal. Por isso, acreditamos que a capacidade de operar da Tesco pode ser comprometida em um período crítico.”

A empresa enfrenta uma das maiores crises de sua história, depois que Dave Lewis, o novo presidente, descobriu uma diferença de 250 milhões de libras no lucro estimado do primeiro semestre.

A investigação interna está sendo conduzida pela firma de contabilidade Deloitte e pelo escritório de advocacia Freshfields.

Além da diferença de lucro, o presidente anterior, Philip Clarke, também está sendo investigado pelos contratos feitos com fornecedores.

Segundo análise da One City, a estratégia agressiva do varejista para fechar negócios com seus fornecedores era conhecida pelo presidente anterior. 

A Tesco é o maior supermercado do Reino Unido e a segunda maior do mundo. A rede tem 28,8% do mercado no Reino Unido, de acordo com a analista de varejo Kantar Worldpanel.

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