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Investigação confirma defeito grave no motor de A380 da Qantas

Segundo o Departamento de Segurança no Transporte Aéreo da Austrália, defeito poderia levar a um "falha catastrófica" na aeronave

Um dos A380 da australiana Qantas: motores da Rolls-Royce foram a causa do problema (Phil Water/Getty Images)

Um dos A380 da australiana Qantas: motores da Rolls-Royce foram a causa do problema (Phil Water/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 05h11.

Sydney - O motor Rolls-Royce do avião Airbus A380 da companhia aérea australiana Qantas, que há um mês apresentou um problema em pleno voo, tem um "grave defeito de segurança" que poderia levar a um "falha catastrófica" na aeronave.

A conclusão é da investigação do Departamento de Segurança no Transporte Aéreo da Austrália (ATSB), que publicou nesta quinta-feira suas primeiras conclusões sobre a avaria que obrigou a uma aterrissagem de emergência em Cingapura.

O relatório indicou que uma peça mal alinhada desgastou um cano de óleo que se rompeu e provocou a queima de combustível que desencadeou a explosão de um dos quatro motores do A380 da Qantas em 11 de outubro, quando a aeronave levava 466 pessoas.

"Se essa falha não for corrigida, há o risco elevado de o cano se romper de novo, gerar outro vazamento de óleo e outro incêndio", acrescentou o documento.

Também houve vazamento de combustível nos outros três motores do avião da companhia australiana.

Segundo os especialistas do ATSB, a avaria está relacionada com um defeito na fabricação do motor Trent 900 pela Rolls-Royce.

Há duas semanas, a Qantas anunciou que a fabricante terá que substituir os Trent 900 de 40 aviões Airbus A380.

A Qantas decidiu retomar os voos de aeronaves com outros motores enquanto aguarda as substituições, além de seguir com a encomenda de outros 14 A380.

Outras companhias aéreas afetadas, como Lufthansa e Singapore Airlines, mantêm seus aviões do modelo afastados das operações.

O incidente com o avião da Qantas representa o primeiro problema técnico grave desde o primeiro voo comercial do maior avião de passageiros do mundo, há três anos. 

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