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Investidores desistem de compra da produtora de Weinstein

Essa foi a última reviravolta da longa saga sobre o futuro do estúdio de produção localizado em Nova York, que está à beira da falência

Weinstein: mais de cem mulheres acusam Weinstein de assédio, abuso sexual e estupro ao longo de 40 anos (Rich Polk/Getty Images)

Weinstein: mais de cem mulheres acusam Weinstein de assédio, abuso sexual e estupro ao longo de 40 anos (Rich Polk/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de março de 2018 às 21h49.

O consórcio de investidores que, na semana passada, anunciou um acordo para comprar a produtora The Weinstein Company informou, nesta terça-feira (6), que a transação fracassou.

"Todos trabalhamos honestamente para comprar os ativos da The Weinstein Company. Contudo, depois de assinar e entrar na fase de confirmação das diligências, recebemos informação decepcionante sobre a viabilidade desta transação", disse Maria Contreras Sweet, que dirige o consórcio, em nota. "Como resultado, decidimos dar fim a esta compra".

Essa foi a última reviravolta da longa saga sobre o futuro do estúdio de produção localizado em Nova York, que está à beira da falência desde que estourou, em outubro, o escândalo de denúncias de agressão sexual contra seu fundador, Harvey Weinstein.

Mais de cem mulheres acusam Weinstein de assédio, abuso sexual e estupro ao longo de 40 anos.

Contudo, Contreras Sweet não descarta futuras tentativas de criar uma nova empresa a partir das cinzas deixadas por Weinstein.

"Acho que nossa visão para criar um estúdio de gravação liderado por mulheres ainda é o curso de ação correto. Para isso, consideraremos adquirir ativos que possam ficar disponíveis em uma eventual falência, bem como outras oportunidades que estejam disponíveis na indústria do entretenimento", apontou.

Em 1 de março, Contreras Sweet, que dirigiu a Secretaria de Pequenas e Médias Empresas no governo de Barack Obama, anunciou um acordo para comprar os ativos da produtora e lançar uma nova empresa.

Dias antes, a The Weinstein Company tinha anunciado que declararia a falência, porque o consórcio de investidores não aceitou cumprir algumas exigências.

O procurador do estado de Nova York, Eric Schneiderman, bloqueou no início de fevereiro um primeiro projeto de reativação de Contreras-Sweet, com o argumento de que os fundos previstos para indenizar as vítimas de abuso sexual por parte de Weinstein eram insuficientes.

Weinstein foi demitido do cargo de diretor da companhia após a revelação do escândalo, e depois renunciou ao conselho de administração.

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