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Investidores cobiçam caixa da Apple diante de vendas mais fracas do iPhone

Previsões decepcionantes da cadeia de fornecedores do iPhone diminuíram as expectativas para as vendas do celular da Apple

Apple: iPhone é de longe o maior produto da companhia, respondendo por mais de 60 por cento da receita da empresa no ano passado (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Apple: iPhone é de longe o maior produto da companhia, respondendo por mais de 60 por cento da receita da empresa no ano passado (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2018 às 19h34.

Os centenas de bilhões de dólares no caixa da Apple e a estagnação do crescimento da empresa em serviços como iCloud representam uma oportunidade e uma preocupação que alguns investidores esperam que sejam alvos de comentários durante a divulgação dos resultados trimestrais da empresa na terça-feira.

O iPhone é de longe o maior produto da Apple, respondendo por mais de 60 por cento da receita da companhia no ano passado, mas o presidente-executivo, Tim Cook, e outros executivos têm como alvo os serviços como um caminho para o crescimento da empresa.

As previsões decepcionantes da cadeia de fornecedores do iPhone diminuíram as expectativas para as vendas do celular da Apple.

Analistas como Toni Sacconaghi, do Bernstein, esperam 51 milhões de celulares vendidos, contra as expectativas de Wall Street de 54 milhões de celulares e 50,7 milhões no ano passado. No geral, Wall Street reduziu suas expectativas de receita gerada pelo iPhone de 39,7 bilhões de dólares em 17 de abril para 39,2 bilhões de dólares, segundo uma média de estimativas de 17 analistas da Thomson Reuters.

Sacconaghi espera que os negócios do iPhone dominem as discussões sobre os resultados da Apple, mas alguns investidores pensam que uma questão melhor é se a Apple pode cumprir o plano de aumentar receita de serviços da Apple Music, do iCloud e da App Store.

"Quando as pessoas perguntavam qual era o próximo grande produto da Apple, continuamos dizendo que eram serviços por vários anos, mas no último trimestre ele parou. A Apple é como um estudante A com um boletim ruim. Não vamos expulsá-los ainda, mas queremos que ela se recupere", disse Trip Miller, sócio da Gullane Capital Partners.

Miller, um investidor da Apple, quer ver a empresa usar parte de seu caixa para aumentar recompras de ações e reinvestir no setor de serviços. Em fevereiro, a Apple informou que o segmento cresceu 18 por cento, para 8,4 bilhões de dólares, menos que expectativas de 8,6 bilhões e um pouco abaixo dos 8,5 bilhões de dólares no trimestre anterior.

Wall Street espera 8,4 bilhões de dólares em receita de serviços neste trimestre, de acordo com uma média da Thomson Reuters com 17 estimativas de analistas.

 

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