Carlos Ghosn: o ex-presidente do conselho da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi (Regis Duvignau/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 07h44.
Tóquio.- A promotoria do Japão cancelou, nesta quinta-feira, o interrogatório programado do ex-presidente da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, pois o executivo estava indisposto por estar com febre alta.
Ghosn, de 64 anos e preso desde o dia 19 de novembro do ano passado por vários fatos vinculados com a declaração de seu salário e a gestão de seus bens enquanto estava à frente da empresa japonesa, sofre com febre alta desde ontem, por isso os médicos recomendaram repouso ao brasileiro, confirmou hoje à Agência Efe, sua equipe de advogados.
O empresário que doente desde a noite da última quarta-feira e, além do interrogatório, também não pôde se reunir com seus advogados.
A promotoria vem interrogando o executivo desde sua prisão para tentar reunir mais provas sobre as supostas irregularidades financeiras que cometeu enquanto estava comandando a Nissan.
Na véspera, um tribunal japonês rejeitou pedido de seus advogados para que Ghosn deixe a prisão, depois que o acusado compareceu pela primeira vez ao tribunal e ter declarado inocência.
A defesa do empresário tinha apresentado essa solicitação ao tribunal por considerar que uma das acusações contra ele, o de suposta violação da confiança da empresa, não procedia pois as ações vinculadas com esses fatos contavam com a aprovação da Nissan.