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InPar prepara captação de R$ 300 milhões

Construtora estuda emissão de debêntures para reforçar atuação no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida

Projeto da InPar: empresa vai captar recursos para imóveis populares (Divulgação/InPar)

Projeto da InPar: empresa vai captar recursos para imóveis populares (Divulgação/InPar)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 17h44.

São Paulo - A incorporadora e construtora InPar, controlada pelo fundo americano de participações Paladin, estuda fazer a emissão de 300 milhões de reais em debêntures nas próximas semanas, em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo EXAME apurou, a InPar está na fase de discussão dos termos do contrato com a instituição financeira, que usará recursos do FGTS para estruturar a operação.

Quando for concluída, essa emissão será a primeira grande operação de financiamento da InPar com um banco desde que a família Parizotto, fundadora da empresa, vendeu o seu controle para o fundo americano, em dezembro de 2008.

A captação via debêntures deve permitir à InPar reforçar sua atuação no programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida. Pelo programa, os recursos serão utilizados no lançamento de imóveis voltados para os segmentos econômico e supereconômico, com preços que variam entre 80.000 e 200.000 reais. Segundo EXAME apurou, esse segmento já representa aproximadamente 30% dos lançamentos da InPar.

Reestruturação

No primeiro semestre de 2010, a incorporadora lançou 215 milhões de reais em volume geral de vendas (conhecido no mercado pela sigla VGV). Esse volume foi 50% maior que o VGV lançado em todo o ano de 2009, de 142 milhões de reais. O total é praticamente irrisório, se comparado aos lançamentos feitos em 2008 e 2007, que somaram, respectivamente, 822 milhões de reais e 1,3 bilhão de reais.

No ano passado, o fundo Paladin praticamente paralisou as operações e reduziu os lançamentos da InPar para reestruturar as finanças. O trabalho incluiu a venda de ativos e duas emissões de ações, uma de 180 milhões de reais, no primeiro trimestre de 2009, e outra em janeiro de 2010.

Procuradas pela reportagem, a CEF não confirmou a informação, e a empresa informou, por meio da assessoria, que não há, no momento, nenhuma emissão de debêntures aprovada pelo conselho e pela assembléia de acionistas da InPar.

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