Bolsa de valores: o Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3 passou a contar com companhias do IBrX 100 comprometidas em dar transparência às suas emissões (Agência/Getty Images)
O Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3 chegou à sua 11ª carteira em 2021. Uma mudança na metodologia elevou em 132% o número de empresas a ele integradas.
Isso porque, desde janeiro, a carteira passou a contemplar empresas pertencentes ao IBrX 100 que apresentaram formalmente seus inventários de emissões de gases de efeito estufa à B3 em 2020. Até então, eram convidadas para compor o índice apenas as empresas que faziam parte do IBrX 50; ou seja, as detentoras das 50 ações mais negociadas da bolsa.
“Com mais empresas produzindo e divulgando seus inventários de emissão de CO2, fazia sentido ampliar o escopo do índice para as 100 ações mais líquidas”, comentou em nota Ana Buchaim, diretora de pessoas, comunicação, marketing e sustentabilidade da B3. “O mercado, que vem cada vez mais demandando investimentos ligados à agenda ESG, passa a ter acesso a um índice menos concentrado, ou seja, mais representativo do universo de empresas preocupadas em conhecer seus impactos ambientais e trabalhar para minimizá-los.”
Atualmente, a carteira do ICO2 B3, que passou por um balanceamento em maio, reúne 62 ações, entre elas empresas como JBS, Fleury, Itaú, MRV e Natura.
O número de empresas hoje na carteira é 132% maior em relação à carteira que vigorou em 2020, composto de 26 ações de 25 companhias. O número de setores também aumentou, passando de 13 para 22.
Entre os novos setores representados estão água e saneamento, bebidas, comércio e distribuição para a área de saúde, previdência e seguros, químicos, serviços médicos e hospitalares, siderurgia/metalurgia e telecomunicações. Eles se somam a outros 13 setores que já faziam parte do índice, como alimentos processados, construção civil, energia elétrica e intermediários financeiros.
Criado em 2010, o ICO2 B3 apresentou performance de 153,85% ante 82,69% do Ibovespa – levando em conta a base de fechamento em 30 de dezembro de 2020. “Temos dados que mostram que o ISE B3, o ICO2 e o IGCT, índices ligados a critérios ESG, têm performado melhor do que o Ibovespa ao longo dos anos”, afirmou Ana. “Isso reforça nossa visão de que o bom gerenciamento das companhias e a atenção às práticas ESG geram uma empresa mais eficiente e com bons indicadores.”