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Índia abre mercado varejista para redes internacionais

Antes dessa liberação, varejistas como a rede norte-americana Wal-Mart só podiam estabelecer joint ventures no atacado

O Wal-Mart deve ser uma das primeiras redes internacionais a expandir sua presença no país (Meredith Shaw/Flickr)

O Wal-Mart deve ser uma das primeiras redes internacionais a expandir sua presença no país (Meredith Shaw/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 15h21.

São Paulo - O gabinete de governo da Índia, liderado pelo Partido do Congresso, concordou hoje em permitir que rede varejistas estrangeiras que trabalham com diversas marcas detenham uma participação de até 51% em joint ventures no país, abrindo um dos últimos grandes mercados consumidores que estava fechado para supermercados e lojas de departamento de outros países.

Antes dessa liberação, varejistas como a rede norte-americana Wal-Mart só podiam estabelecer joint ventures no atacado. O governo também alterou as regras para permitir que varejistas que trabalham com apenas uma marca, como a Nike, por exemplo, detenham 100% das suas operações indianas. Até agora elas só podiam controlar até 51% da parceria com uma companhia local.

As mudanças devem provocar uma corrida dos grandes grupos varejistas internacionais para a Índia, e tem o potencial para transformar não apenas o setor varejista, mas a carente infraestrutura do país. Atualmente, o mercado varejista é dominado por milhões de pequenas lojas familiares e carece de uma gestão eficiente na cadeia de suprimentos, incluindo câmaras frigoríficas.

O Wal-Mart deve ser uma das primeiras redes internacionais a expandir sua presença no país - a companhia norte-americana já tem uma joint venture na Índia, no setor atacadista, chamada Bharti Walmart Pvt. O executivo-chefe dessa parceria, Raj Jain, elogiou a decisão do governo e disse que os indianos verão algumas lojas com a bandeira Wal-Mart em breve.

Uma porta-voz da rede alemã Metro Group disse que elogia a "reformas que estão abrindo o mercado indiano para varejistas internacionais", mas que, por enquanto, o grupo não tem planos de introduzir suas lojas no país. A francesa Carrefour também elogiou a decisão. "O Carrefour vai acompanhar com atenção a finalização das condições práticas dessas novas regras". A companhia já opera uma loja no estilo "atacarejo" (cash & carry) em Nova Délhi. As informações são da Dow Jones.

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