Roma - A indenização de 23 milhões de euros (mais de R$ 68 milhões), que o grupo Fiat terá que pagar a Luca di Montezemolo após sua saída da presidência da Ferrari, é o principal destaque dos jornais italianos nesta quinta-feira.

Os êxitos esportivos e as polêmicas surgidas antes do anúncio feito ontem, a imprensa debate intensamente o "adeus milionário" do dirigente máximo da marca italiana por 23 anos, que acontecerá no dia 13 de outubro.

Montezemolo dará lugar ao atual diretor-executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne.

Segundo um comunicado divulgado ontem pelo grupo Fiat Chrysler, o presidente da Ferrari cobrará indenização equivalente a cinco vezes seu salário anual, ou seja, 13,71 milhões (R$ 40,6 milhões) a serem pagos nos próximos 20 anos.

A este valor, se somaria a cláusula de 13,25 milhões (R$ 39,2 milhões), para Montezemolo não trabalhar em nenhuma equipe rival da Ferrari na Fórmula 1 até março de 2017.

O "Corriere della Sera" e o "La Repubblica" detalha nesta quarta-feira a saída do homem-forte da Ferrari e o montante envolvido. A primeira publicação ainda garante que Montezemolo terá "facilidades" para adquirir produtos da Fiat.

Os valores referentes a saída do presidente da Ferrari do cargo foram revelados à pedido da bolsa de valores da Itália, em que a Fiat está cotada.

Com 67 anos, e nascido em Bologna, o italiano já foi presidente da Confindustria, organização patronal do país, e agora tem seu nome envolvido em novas especulações.

A imprensa o aponta como o próximo mandatário da companhia aérea Alitalia, mas também fala da possibilidade na entrada na vida política.