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Esta empresa mineira fatura R$ 300 milhões — e cresce com a Stefanini pelo mundo

A IHM Stefanini está com a multinacional brasileira há dez anos e expandiu sua presença para a América Latina, Estados Unidos e Europa

Gustavo Brito, diretor global da IHM Stefani: empresa mineira existe desde 1995

Gustavo Brito, diretor global da IHM Stefani: empresa mineira existe desde 1995

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 07h40.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2025 às 11h51.

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Automação, inteligência artificial e eficiência operacional. Com a pressão para reduzir custos e aumentar a produtividade, as indústrias buscam cada vez mais parceiros capazes de modernizar seus processos. É nesse cenário que a IHM Engenharia se consolidou.

Fundada em Belo Horizonte em 1994, a empresa cresceu oferecendo consultoria, automação e engenharia elétrica para grandes clientes industriais. Vinte anos depois, em 2015, começou uma nova fase ao se fundir ao Grupo Stefanini, multinacional brasileira com presença em 104 países. A IHM assumiu a vertical de indústria dentro do grupo, expandindo sua atuação para América Latina, Estados Unidos e Europa.

Ano passado, a empresa registrou R$ 300 milhões em faturamento. Mas foram os resultados de 2023 que a garantiram o 27º lugar no ranking EXAME Negócios em Expansão 2024 na categoria de 150 a 300 milhões de reais. A IHM teve receita líquida de R$ 249 milhões em 2023, um crescimento de 23,25% em relação ao ano anterior.

A empresa agora mira novos mercados e aposta na expansão global para continuar crescendo. “Nossa missão é ajudar nossos clientes a extrair o máximo de eficiência dos seus ativos. Não entregamos só projetos, entregamos resultados mensuráveis”, afirma Gustavo Brito, diretor global da IHM Stefanini.

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Décadas de experiência

A história da IHM começou focada em automação industrial, atendendo empresas de mineração e siderurgia em Minas Gerais. O crescimento inicial veio da reputação técnica, já que a empresa não investia em marketing e conquistava clientes por indicação. “A gente brinca que nem vendíamos, os clientes que nos vendiam para outros clientes”, conta Brito.

Em 2001, a empresa deu um salto ao adquirir uma divisão de engenharia da então Belgo-Mineira (hoje ArcelorMittal), incorporando novos profissionais e projetos. Isso marcou o início da diversificação do portfólio, ampliando sua atuação para engenharia elétrica e fabricação de equipamentos industriais.

“Essa aquisição fortaleceu nossa presença no setor siderúrgico e abriu caminho para a criação de novas áreas de negócio, como a fabricação de painéis elétricos”, explica o diretor.

Cinco anos depois, a empresa abriu sua primeira fábrica para a produção própria de equipamentos elétricos. E, entre 2010 e 2015, começou a desenvolver soluções de inteligência industrial, muito antes da popularização da inteligência artificial. “Já naquela época, explorávamos dados industriais para otimizar processos produtivos, mesmo antes do termo ‘IA’ se popularizar”, diz Brito.

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Consultoria com entrega real

O grande marco da IHM aconteceu em 2015, quando a empresa mudou sua abordagem de negócios. Em vez de apenas fornecer projetos de engenharia, passou a atuar como consultoria estratégica, combinando análise de dados com execução prática.

“A ideia era simples: não entregamos relatórios, entregamos resultados. Se o cliente quer reduzir o consumo de energia, nossa solução precisa provar essa economia na prática”, explica Brito. Essa mudança atraiu grandes empresas que buscavam eficiência operacional sem precisar de planejamentos longos e incertos.

Foi essa transformação digital que abriu portas para internacionalização: em 2015, a IHM se fundiu ao Grupo Stefanini e assumiu a vertical de indústria dentro do grupo.

“A fusão nos deu acesso a clientes globais e acelerou nosso crescimento. Passamos a atuar em um nível estratégico, tendo conversas diretamente com presidentes de grandes empresas”, afirma Brito. Hoje, 15% da receita da empresa já vem do exterior, com planos de elevar essa participação para 30% em 2025.

O que é o ranking EXAME Negócios em Expansão

O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023. A análise considerou os negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.

A edição 2025 já está com inscrições abertas. A participação é 100% gratuita. As inscrições vão até 5 de maio, mas quem concluir o cadastro antes de 31 de março ganhará o acesso a uma trilha de conteúdos online dedicados a empreendedores dentro da plataforma LIT, da escola de negócios Saint Paul. Entre os conteúdos estão inteligência artificial, sustentabilidade corporativa, gestão de times de alta performance, capital de giro e gestão do fluxo de caixa, marketing digital e cenário econômico.

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