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Iguatemi tem alta de 31% no lucro do 1º trimestre

Entre janeiro e março, os lojistas de shoppings do grupo Iguatemi venderam 2,9 bilhões de reais, 5,2% mais que um ano atrás

Iguatemi: para 2017, a Iguatemi prevê crescimento de 2 a 7% na receita líquida (Fernando Moraes/Site Exame)

Iguatemi: para 2017, a Iguatemi prevê crescimento de 2 a 7% na receita líquida (Fernando Moraes/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 18h26.

São Paulo - A administradora de shopping centers Iguatemi teve lucro líquido de 50,6 milhões de reais nos três primeiros meses deste ano, superando em 30,8 por cento o resultado de igual intervalo de 2016, e está vendo um início de segundo trimestre que reforça expectativas da companhia para 2017.

"Tivemos um primeiro trimestre positivo e abril também foi muito bom. Se continuarmos com esse movimento, podemos terminar o ano no topo do guidance (previsão)", disse à Reuters a vice-presidente de finanças da empresa, Cristina Betts.

Para 2017, a Iguatemi prevê crescimento de 2 a 7 por cento na receita líquida. Entre janeiro e março, a receita líquida subiu 4,3 por cento na comparação anual, para 167,35 milhões de reais.

A empresa teve alta de 7,1 por cento na receita de aluguel no período, enquanto a receita com estacionamento subiu 10,6 por cento.

Entre janeiro e março, os lojistas de shoppings do grupo Iguatemi venderam 2,9 bilhões de reais, 5,2 por cento mais que um ano atrás.

No conceito de vendas em mesmas lojas, a alta foi 1,7 por cento, ante expansão de 1,8 por cento no primeiro trimestre de 2016.

Já o crescimento das vendas em mesma área desacelerou para 1,6 por cento, de 4 por cento um ano antes.

O custo de ocupação ficou estável em 12,7 por cento, mas a taxa de ocupação recuou 1 ponto percentual, para 93 por cento, conforme a Área Bruta Locável (ABL) aumentou 4,3 por cento, para 746.027 metros quadrados.

Ao mesmo tempo, a linha de custos e despesas consolidados somou 42 milhões de reais, ante 41 milhões de reais nos três primeiros meses de 2016.

"Temos feito trabalho grande para buscar eficiência operacional e estamos caindo nominalmente em despesas há quatro anos", afirmou a executiva.

Apesar dos esforços, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 2,5 por cento frente ao primeiro trimestre do ano passado, para 125,76 milhões de reais.

A margem Ebitda recuou para 75,2 por cento, ante 80,4 por cento entre janeiro e março de 2016.

"Nós não tivemos receita operacional extraordinária nesse primeiro trimestre, então a margem veio um pouco mais baixa", explicou Betts, destacando que o desempenho ainda fica dentro da meta de 73 a 77 por cento estipulada para 2017.

De acordo com ela, a queda dos juros básicos da economia também contribuiu para a redução das despesas financeiras, que somaram 43 milhões de reais nos três primeiros meses do ano, ante resultado negativo 52 milhões de reais em igual trimestre de 2016.

Consequentemente, o endividamento líquido da Iguatemi recuou 1,9 por cento ano a ano, a 1,65 bilhão de reais. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda caiu para 3,19 vezes, de 3,23 vezes no término de março de 2016. "Nossa dívida é bem longa e barata", ressaltou a executiva.

O comportamento das vendas em shoppings do grupo Iguatemi confirma a resiliência um pouco maior de empreendimentos para público classe A e B em meio à crise.

No mês passado, a rival Multiplan, que também atua no segmento de alto padrão, divulgou queda de 22,5 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, mas sinalizou crescimento preliminar de 11 por cento em vendas de lojistas em abril.

"Não fazemos incorporação imobiliária tanto quanto eles (Multiplan), mas tivemos um comportamento de vendas parecido", ressaltou Betts.

Mais cedo, a BR Malls divulgou lucro líquido 45 por cento menor nos três primeiros meses do ano, conforme as despesas aumentaram e as vendas ficaram praticamente estáveis.

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