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Iguatemi eleva em quase 19% lucro do 2º tri e vê desafios no 3º tri

Administradora de shopping centers aumentou seu lucro para 60,6 milhões de reais, apoiada em redução de cerca de 30 por cento nas despesas financeiras

Iguatemi: lojistas venderam um total de 3,25 bilhões de reais entre abril e junho, alta de 0,1 por cento ano a ano (FERNANDO MORAES/EXAME/Exame)

Iguatemi: lojistas venderam um total de 3,25 bilhões de reais entre abril e junho, alta de 0,1 por cento ano a ano (FERNANDO MORAES/EXAME/Exame)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 18h41.

São Paulo - A administradora de shopping centers Iguatemi aumentou em quase 19 por cento o lucro líquido do segundo trimestre, para 60,6 milhões de reais, apoiada em uma redução de cerca de 30 por cento nas despesas financeiras, o que mais que compensou vendas menores no período.

Os lojistas venderam um total de 3,25 bilhões de reais entre abril e junho, alta de 0,1 por cento ano a ano. No conceito mesmas lojas, no entanto, houve uma retração de 1,9 por cento.

Em 2 de julho, a Reuters antecipou que os shoppings do país estavam propensos a colher resultados mais fracos, com uma combinação de eventos incluindo a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo de futebol se somando ao ritmo mais lento que o esperado da recuperação econômica do país.

"É muito difícil segregar os efeitos porque tudo aconteceu simultaneamente", disse à Reuters a diretora financeira do Iguatemi, Cristina Betts, destacando a forte base de comparação com 2017 --quando o governo liberou o saque de contas inativas do FGTS--, o que juntamente com as eleições deverá repercutir no desempenho do terceiro trimestre.

A executiva observou que julho é um mês tipicamente mais fraco, mas este ano rendeu números ainda menos expressivos devido à Copa do Mundo de futebol. "Mas ainda é meio cedo para dizer como será o terceiro trimestre", ressaltou.

Em 2018, as ações da Iguatemi acumulam baixa de quase 40 por cento, enquanto a principal concorrente Multiplan tem queda de pouco mais de 15 por cento desde o começo do ano.

Mas a diretora financeira segue confiante de que a empresa entregará a expectativa de um crescimento de 2 a 7 por cento na receita líquida de 2018. No segundo trimestre, o faturamento subiu 3,3 por cento sobre igual intervalo de 2017, para 175 milhões de reais, refletindo a redução de descontos a alguns lojistas.

Como resultado, o indicador de aluguel mesmas áreas subiu 5,7 por cento no trimestre encerrado em junho. Ao mesmo tempo, o índice de inadimplência aumentou 0,4 ponto percentual, para 1,6 por cento.

"Só tiramos desconto de quem sabemos que pode pagar... Essa inadimplência é a fotografia de quem está em atraso há 30 dias por causa das discussões em andamento", explicou a executiva.

Entre abril e junho, o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 1,6 por cento na base anual, para 132,5 milhões de reais. A margem Ebitda foi de 75,7 por cento, caindo ante os 77 por cento do segundo trimestre do ano passado, mas ficando dentro do intervalo de 75 e 79 por cento projetado para 2018.

O Iguatemi mantém a previsão de investir 170 milhões a 220 milhões de reais em 2018, dos quais 65 milhões de reais já foram desembolsados nos seis primeiros meses do ano, com a maior parte dos recursos destinada à conclusão de outlet em Santa Catarina.

O grupo acumulava uma dívida total de 2,175 bilhões de reais ao fim de junho, com prazo médio de quatro a sete anos. Enquanto isso, a alavancagem medida pela relação de dívida líquida sobre o Ebitda era de 2,84 vezes, estável ante o primeiro trimestre de 2018 e 3,14 vezes no segundo trimestre de 2017.

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