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IGB conclui plano para reinserir Gradiente

A volta da Gradiente no mercado se dará por meio da Companhia Brasileira de Tecnologia Digital, que receberá R$ 68 milhões em emissão privada de debêntures conversíveis

Eugênio Staub, presidente da Gradiente: recursos a serem obtidos serão utilizados para o pagamento dos credores (Reprodução)

Eugênio Staub, presidente da Gradiente: recursos a serem obtidos serão utilizados para o pagamento dos credores (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 19h08.

São Paulo - A IGB Eletrônica concluiu hoje o programa de reestruturação com o objetivo de reinserir a marca Gradiente no mercado brasileiro de eletrônica de consumo. "Desde de maio de 2008, a companhia vinha trabalhando intensamente no projeto e desenvolveu um plano de ação que visava atingir esse objetivo e, principalmente, atender, de forma satisfatória, aos interesses de seus credores, funcionários, consumidores e a todos os seus acionistas", diz a IGB, em fato relevante.

De acordo com a IGB, a volta da marca Gradiente no mercado será implementada por meio da Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), que receberá recursos no montante total de R$ 68 milhões por meio de emissão privada de debêntures conversíveis em ações e participativas. A totalidade das debêntures foram subscritas hoje pelo Fundo de Investimento em Participações Enseada (FIP Enseada) e serão integralizadas em até 80 dias.

"A CBTD utilizará estes recursos para implementar seu plano de negócios, utilizando a marca Gradiente que, juntamente com outros ativos da companhia (imóvel e equipamentos necessários para a fabricação de produtos eletrônicos de áudio, vídeo, informática e telefonia móvel), foi arrendada à CBTD por meio de contrato já firmado entre tais companhias", diz a IGB. "Tal contrato de arrendamento prevê igualmente a opção da CBTD comprar os ativos arrendados em condições de mercado", acrescenta.

Os recursos a serem obtidos pela IGB em contrapartida ao arrendamento serão utilizados para o pagamento dos credores, nas condições definidas no plano de recuperação extrajudicial. As debêntures subscritas pelo FIP Enseada poderão ser convertidas em ações representativas de 60% do capital social da CBTD. Na hipótese de conversão das debêntures, a participação da HAG (atual acionista da CBTD passará a ser de 40%. As debêntures darão ainda ao FIP Enseada o direito de, mesmo antes de sua conversão em ações, a receber 60% dos lucros da CBTD.

Conforme a companhia, o programa de reestruturação compreendia as seguintes etapas: equacionamento de débitos fiscais, renegociação com credores comerciais e financeiros e reinserção da marca Gradiente no mercado nacional.

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