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ICAP Brasil tenta vender home broker com queda de negócios

Segundo fontes, companhia está oferecendo seu negócio de varejo brasileiro a bancos, outras corretoras e fundos de private equity


	Corretora ICAP: corretora abriu uma subsidiária no Brasil em 2008
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg News)

Corretora ICAP: corretora abriu uma subsidiária no Brasil em 2008 (Chris Ratcliffe/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 17h05.

São Paulo - A ICAP, maior corretora do mundo em transações entre bancos, busca vender sua unidade do Brasil que trabalha para clientes pessoas físicas em meio a uma queda nos negócios, segundo três fontes familiarizadas com a situação.

A ICAP, que abriu uma subsidiária no país em 2008, está oferecendo seu negócio de varejo brasileiro a bancos, outras corretoras e fundos de private equity, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas.

Um representante da ICAP, que tem sede em Londres, preferiu não comentar.

A XP Investimentos, corretora e gestora de ativos brasileira parcialmente de propriedade da General Atlantic, está entre as empresas que avaliaram comprar o home broker da ICAP e desistiram, disseram duas fontes. Um funcionário da XP preferiu não comentar.

As pessoas físicas no Brasil, maior mercado emergente do mundo após a China, responderam por menos de 16 por cento das negociações totais de ações do país em julho, abaixo do recorde de 31 por cento em janeiro de 2010, segundo a BM&FBovespa.

As negociações diárias de ações caíram quase 18 por cento em julho em relação ao mesmo mês do ano passado, mostram dados da BM&FBovespa.

As novas ofertas de ações escorregaram 33 por cento neste ano até hoje, para US$ 7,93 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A ICAP vem cortando custos no mundo todo e eliminando postos de trabalho com a diminuição dos volumes de negócios nos mercados de renda fixa, moedas e commodities.

O CEO Michael Spencer, que fundou a ICAP em 1986, disse que partes do mercado de corretagem continuarão enfrentando a pior “seca” de sua carreira.

“Estamos mudando para um mundo no qual os volumes são bastante terríveis e provavelmente continuarão sendo assim”, disse Spencer, 59, a analistas, em uma teleconferência no dia 16 de julho, comentando sobre o mercado interbancário.

“Tudo o que podemos fazer é reduzir a nossa empresa para que ela seja uma máquina mais enxuta e em boa forma”.

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