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Ibovespa tem alta de 0,44% com menor aversão a risco no exterior

O mercado acionário brasileiro abriu pressionado, acompanhando o movimento no exterior, após o lançamento de míssil pela Coreia do Norte

B3: os investidores também aguardam o andamento de medidas no Congresso Nacional (Facebook/B3/Reprodução)

B3: os investidores também aguardam o andamento de medidas no Congresso Nacional (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 18h19.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta terça-feira, com o arrefecimento das preocupações com a situação geopolítica e a consequente diminuição da aversão a risco no exterior.

O Ibovespa fechou na máxima da sessão, em alta de 0,44 por cento, a 71.329 pontos, após cair 0,7 por cento na mínima do dia.

O giro financeiro somou 6,5 bilhões de reais, mantendo o baixo volume registrado nos últimos dois pregões, ante média diária para agosto até sexta-feira de 8,9 bilhões de reais.

O mercado acionário brasileiro abriu pressionado, acompanhando o movimento no exterior, após o lançamento de míssil pela Coreia do Norte, que caiu na costa da região de Hokkaido, no norte do Japão.

No entanto, as preocupações foram diminuindo ao longo do dia e a bolsa brasileira foi ganhando fôlego conforme Wall Street também mostrava recuperação. Nesta sessão, o S&P 500 fechou com variação positiva de 0,08 por cento, enquanto o Dow Jones subiu 0,26 por cento.

O cenário interno também permaneceu no radar dos investidores, que aguardam o andamento de medidas no Congresso Nacional.

Até o fechamento dos negócios, no entanto, o Congresso ainda não havia avançado com algumas das medidas mais aguardadas pelo mercado, como a votação das novas metas fiscais para este e o próximo ano e a conclusão da apreciação na Câmara dos Deputados da medida que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Destaques

- EMBRAER ON subiu 4,11 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, com o bom humor vindo na esteira da venda de 12 aviões militares Super Tucano A-29 à Nigéria e diante de expectativas em relação à ação do governo brasileiro junto à Organização Mundial do Comércio sobre subsídios da canadense Bombardier. Há pouco mais de uma semana, o Ministério das Relações Exteriores informou que o país pediria abertura de painel na OMC sobre os subsídios à concorrente da Embraer e, nesta sessão, o assunto voltou à tona após o jornal O Estado de S.Paulo informar que o Itamaraty deve levar o caso à OMC na quinta-feira.

- CEMIG PN avançou 2,26 por cento, tendo como pano de fundo o processo de venda da Light, após a abertura de uma área de informações para potenciais investidores.

- SABESP ON teve alta de 2,07 por cento, após a empresa estabelecer termos de acordo judicial para parcelamento de dívida de Garulhos, o que, segundo analistas, leva à expectativa por acordos semelhantes com outros municípios.

- BRADESCO PN avançou 1,71 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,91 por cento, também revertendo a tendência do início dos negócios e ajudando o tom positivo do índice devido ao peso desses papéis em sua composição.

- VALE ON teve alta de 0,23 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo, apesar da queda dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN caiu 0,14 por cento e PETROBRAS ON perdeu 0,69 por cento, mas longe das mínimas, quando o papel preferencial cedeu quase 1,4 por cento, conforme os preços do petróleo no mercado internacional também se afastaram dos piores momentos do dia e fecharam sem tendência única.

- ELETROBRAS ON recuou 2,67 por cento, pior desempenho do Ibovespa, e ELETROBRAS PNB cedeu 1,14 por cento, em movimento de ajuste após as altas recentes diante do anúncio de planos de privatização.

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