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Ibope usa Copa para incentivar trabalho em equipe

Mundial impulsionou a participação de funcionários em atividades promovidas pela empresa

Seleção Brasileira pode ser inspiração para os funcionários das empresas (.)

Seleção Brasileira pode ser inspiração para os funcionários das empresas (.)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2010 às 15h44.

São Paulo - O clima de Copa do Mundo não serve apenas para encher os olhos de verde e amarelo. Empresas estão usando o pretexto do mundial da África do Sul para incentivar o trabalho em equipe e atividades mais saudáveis entre os funcionários. O Ibope é uma das companhias que entraram nessa onda.

Para garantir a empolgação dos empregados, nos dias em que o Brasil entra em campo, a companhia libera um auditório com telão para aqueles que vão voltar ao trabalho depois das partidas, distribui pipoca e lanche, sorteia camisetas, bonés e outros objetos com o apelo da Copa. E quando, ela acabar, o futebol continua na pauta da companhia, em um campeonato entre os empregados, que teve grande adesão por causa do Mundial.

De acordo com o gerente de planejamento de recursos humanos do Ibope, Nivaldo Santos, desde 2001 são organizados torneios de futebol masculino e feminino, e de vôlei misto. Neste ano, a campanha para divulgar a competição foi baseada na Copa e, por causa disso, o número de times de futebol masculino inscritos subiu de 10 para 14. A adesão ao vôlei também subiu, passando de quatro para seis equipes. Só o futebol feminino manteve a marca do ano passado, com quatro times inscritos.

Para Santos, atividades como essas deixam os funcionários mais satisfeitos e ajudam no trabalho em equipe, mas ele acredita que não é só em época de Copa do Mundo que isso deve estar entre as preocupações da empresa. "É possível criar um ambiente positivo sem a Copa. Ela é apenas um reforço das atividades que precisam acontecer no dia-a-dia. O ambiente de união depende da cultura da empresa, e a nossa está focada na qualidade de vida", diz.

Grupo mais coeso

A mestre em psicologia e vice-presidente de projetos da Associação Brasileira de Qualidade de Vida, Sâmia Simurro, defende que assistir a um jogo com os colegas de trabalho ou participar de quaisquer atividades desenvolvidas pela empresa na Copa são importantes momentos de integração, em que os funcionários podem trocar vivências e emoções, o que contribui para a consolidação de um grupo mais coeso. "As pessoas andam tão atarefadas que só têm contato no horário de trabalho e se esquecem de compartilhar momentos de prazer e descontração, daí o impacto da Copa", diz.

Sâmia concorda com Santos, do Ibope, e acredita que o Mundial não deve ser a única ocasião em que a empresa deve se preocupar com o bem-estar do empregado, mas não deixa de ser uma boa oportunidade para desenvolver ações de integração. "Quando o grupo consegue uma conquista, por exemplo, a companhia deve valorizar, reconhecer, criar condições para que a equipe proponha desafios, estimular o bem-estar e a gentileza entre os funcionários".

Apesar de ser muito otimista em relação à postura das empresas sobre a qualidade de vida dos funcionários, Sâmia reconhece que ainda há aquelas que estão focadas apenas no lucro e nos resultados, deixando de lado iniciativas aparentemente simples, durante a Copa ou não, mas que surtem efeito positivo.
 

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