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IBGE: estatais brasileiras inovam mais do que privadas

Estudo, que conta com dados de 2008, mostra que "taxa de inovação" das públicas é de 68,1%, enquanto das particulares é de 38,6%

73,1% das empresas privadas veem custo de investimento como maior dificuldade para inovar (Divulgação/EXAME.com)

73,1% das empresas privadas veem custo de investimento como maior dificuldade para inovar (Divulgação/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 18h42.

Rio de Janeiro - As empresas estatais brasileiras desenvolvem mais produtos e processos inovadores do que as privadas, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo, que conta com dados de 2008, assinala que a taxa de inovação entre as empresas controladas pelo Governo Federal é de 68,1%, o que significa que 49 das 72 companhias estatais desenvolveram produtos ou processos inovadores.

Já entre as empresas privadas industriais e de serviços em geral a taxa de inovação no mesmo ano foi de apenas 38,6%, segundo o IBGE.

A Pesquisa de Inovação nas Empresas Estatais Federais de 2008 indica ainda que as companhias controladas pelo Estado realizaram naquele ano investimentos de R$ 5,6 bilhões no desenvolvimento de inovações, o que equivale a 1,7% de sua receita.

Ao todo, 73,1% das empresas privadas consideram como maior dificuldade para inovar no Brasil os elevados custos de investimento, e 65,6% citam os riscos econômicos excessivos.

Entre as estatais, apenas 35,7% se queixam dos altos custos e 17,9% dos riscos elevados.

Essa diferença está relacionada ao fato de que 24,5% das estatais que inovaram disseram ter recebido incentivos do governo para seus projetos de desenvolvimento, número que cai para 22,3% entre as privadas.

O estudo mostrou ainda que enquanto 71,4% das estatais assinaram acordos de cooperação com centros de pesquisa ou universidades para desenvolver suas inovações, essa taxa foi de apenas 10,4% entre as privadas.

Sobre os impactos da inovação, 83,7% das estatais disseram ter melhorado a qualidade de seus produtos, 83,7% manifestaram ter aumentado a flexibilidade da produção, e 75,5% afirmaram ter aumentado sua capacidade produtiva.

Para as empresas privadas, por outro lado, a inovação serviu mais para manter sua participação no mercado (76,4%) ou para aumentá-la (68,5%).

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