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IAG anuncia plano de reestruturação da Iberia

Segundo a companhia, o "exaustivo plano" tem por objetivo "salvar a Iberia", que tem registrado prejuízos recordes, e fazer com que a empresa volte a gerar lucro


	IAG: o plano de reestruturação pretente diminuir a frota em 25 aviões, sendo 20 aeronaves de curto alcance e cinco de longa distância
 (Getty Images)

IAG: o plano de reestruturação pretente diminuir a frota em 25 aviões, sendo 20 aeronaves de curto alcance e cinco de longa distância (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 08h18.

São Paulo - A gigante europeia do setor de aviação, o IAG Group, anunciou na manhã desta sexta-feira um grande plano de reestruturação da aérea Iberia. O plano prevê a demissão de aproximadamente um quarto dos funcionários da companhia espanhola, a devolução de 25 aviões - mais de um quarto da frota - e ainda a diminuição da oferta de assentos em 15% em 2013.

Segundo a companhia, o "exaustivo plano" tem por objetivo "salvar a Iberia", que tem registrado prejuízos recordes, e fazer com que a empresa volte a gerar lucro. Em um breve documento de duas páginas distribuído nesta sexta-feira, o IAG Group - resultado da união entre British Airways e Iberia - anunciou o plano de demitir 4.500 empregados.

Segundo a companhia, o corte pretende "salvar ao redor de 15.500 postos de trabalho", que é o restante do pessoal da companhia, que atualmente emprega cerca de 20 mil pessoas. "Esta redução está alinhada aos cortes de capacidade e o aumento da produtividade da aérea", cita o documento.

O plano de reestruturação lista as demais decisões: diminuição da frota em 25 aviões, sendo 20 aeronaves de curto alcance e cinco de longa distância; redução da capacidade de transporte em 15%; direcionamento da oferta de assentos para as rotas mais rentáveis; e suspensão das atividades de manutenção a terceiros que não sejam rentáveis.

"No curto prazo, o plano de transformação se centrará em interromper as perdas e conseguir que a rede seja rentável. Nesse sentido, serão suspensas rotas e frequências que registrem prejuízos", cita o documento distribuído em Londres.


Ao afirmar que as mudanças têm por objetivo fazer com que a empresa seja "viável e cresça gerando lucros no longo prazo", o IAG afirma que o plano prevê "melhoras globais de produtividade e introdução de ajustes salariais permanentes para formar uma base de custos competitiva e flexível".

Nesse plano, a empresa diz que pretende "transformar" as operações de curto e médio alcance "para competir de forma eficiente com as empresas de baixo custo que se estabeleceram com êxito no mercado doméstico da Iberia" - a Espanha.

Com a execução desse plano, o IAG pretende interromper a deterioração do caixa da companhia até meados de 2013 e fazer com que o resultado da companhia melhore em pelo menos 600 milhões de euros em 2015, "em linha com o objetivo do IAG de alcançar um retorno sobre o capital de 12%".

Balanço

Junto com a reestruturação da Iberia, o IAG anunciou o balanço do terceiro trimestre de 2012. O documento não dá muitos detalhes sobre o resultado das duas companhias em separado, mas cita que o lucro operacional do grupo somou 17 milhões de euros nos nove meses de janeiro a setembro, sendo que a British obteve ganho de 286 milhões de euros e a Iberia amargou perdas de 262 milhões de euros no mesmo período.

Ao todo, o grupo teve prejuízo após impostos de 39 milhões de euros de janeiro a setembro de 2012, ante lucro de 365 milhões de euros em igual período de 2011. No terceiro trimestre de 2012, a holding teve lucro de 202 milhões de euros, resultado menor do que o ganho de 267 milhões registrado em igual trimestre de um ano antes.

O aumento dos custos de combustíveis em 20% afetou duramente o resultado, cita o balanço.

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