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Hypermarcas vê margem Ebitda estável no ano, afasta alta

Companhia não vê espaço para novos ajustes de preços no ano, disse presidente-executivo


	Hypermarcas: companhia divulgou avanço de 0,8 ponto percentual na margem Ebitda ajustada do primeiro trimestre, a 24,5 por cento, diante de melhoria no lucro bruto e diluição de despesas comerciais
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Hypermarcas: companhia divulgou avanço de 0,8 ponto percentual na margem Ebitda ajustada do primeiro trimestre, a 24,5 por cento, diante de melhoria no lucro bruto e diluição de despesas comerciais (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 13h02.

São Paulo - A Hypermarcas deve manter uma margem de rentabilidade estável em 2014, não vendo espaço para novos ajustes de preços no ano, disse o presidente-executivo da empresa farmacêutica e de bens de consumo, Claudio Bergamo.

Em teleconferência com analistas nesta segunda-feira, ele afirmou que a tendência é que a margem de lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada mostre equilíbrio em relação ao ano passado, quando chegou a 23,5 por cento.

"O balanço entre aumento de produtividade de um lado e aumento de custos de insumos de outro, permite que tenhamos bom lastro para manter níveis de margem", afirmou o executivo, acrescentando que não há expectativa para crescimento da linha em 2014.

Na noite de sexta-feira, a companhia divulgou avanço de 0,8 ponto percentual na margem Ebitda ajustada do primeiro trimestre, a 24,5 por cento, diante de melhoria no lucro bruto e diluição de despesas comerciais, apesar de maiores despesas com marketing.

Daqui para frente, no entanto, a expectativa é de um desempenho mais modesto da margem Ebitda ajustada, reconheceu Bergamo, observando que durante o segundo trimestre, especialmente, o país viverá incertezas no ambiente de consumo em função da Copa do Mundo.

Após um aumento médio de preços de 4,5 a 5 por cento implementado neste mês, a companhia não deve mexer nos preços novamente em 2014.

"É muito difícil fazer dois aumentos de preços no Brasil, para não dizer quase impossível. O mercado não está tão propenso a tantos aumentos", afirmou.


Na sexta-feira, a companhia de cosméticos Natura, informou que pretende fazer em agosto um segundo aumento de preços no Brasil, da ordem de 3 a 4 por cento. Em março, a empresa implementou reajuste de 4 a 5 por cento nos preços de seus produtos.

Entre janeiro e março, a receita líquida da companhia subiu 10,5 por cento sobre um ano antes, para 1,058 bilhão de reais, com crescimento de 12,5 por cento na divisão de Farma e de 7,8 por cento na divisão de Consumo.

Segundo Bergamo, a companhia alcançou em março a primeira posição no mercado farmacêutico brasileiro, estabelecendo como objetivo aumentar a distância em relação aos concorrentes a partir de agora.

Entre as marcas que pertencem à empresa, estão nomes como Engov, Estomazil, Maracugina e Merthiolate.

O presidente da Hypermarcas completou que a companhia segue buscando crescer "alguns pontos percentuais" acima da média do mercado. "Se você fizer média entre diversos mercados incluindo Farma e Consumo, estamos falando de um crescimento da ordem de 10 a 11 por cento. Nosso objetivo é tentar crescer acima disso", afirmou.

Às 12h40, as ações da companhia tinham alta de 0,9 por cento, a 16,14 reais, e o Ibovespa tinha desvalorização de 0,26 por cento.

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