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Hypermarcas mantém meta de resultado para o ano

A meta de R$ 1,2 bi implica que a Hypermarcas deverá ter uma queda de cerca de 20% no Ebitda do segundo semestre em relação à primeira metade do ano

Hypermarcas: a companhia divulgou alta de 10,5% no lucro líquido do segundo trimestre (foto/Divulgação)

Hypermarcas: a companhia divulgou alta de 10,5% no lucro líquido do segundo trimestre (foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 31 de julho de 2017 às 16h07.

Última atualização em 31 de julho de 2017 às 16h24.

São Paulo - A Hypermarcas deverá cumprir a previsão de alcançar este ano lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de operações continuadas de 1,2 bilhão de reais, pouco acima dos 1,13 bilhão de reais do ano passado, afirmou o presidente da companhia farmacêutica, Claudio Bergamo, nesta segunda-feira.

A meta de 1,2 bilhão de reais implica que a Hypermarcas deverá ter uma queda de cerca de 20 por cento no Ebitda do segundo semestre em relação à primeira metade do ano, quando a empresa registrou 668,3 milhões de reais para a linha. N a companhia divulgou alta de 10,5 por cento no lucro líquido do segundo trimestrea comparação com o segundo semestre de 2016, o Ebitda da segunda metade deste ano deve subir cerca de 3 por cento.

"A Hypermarcas está bem posicionada para cumprir a meta de Ebitda ao redor de 1,2 bilhão de reais", disse Bergamo.

As ações da companhia subiam 1,8 por cento às 14:37, entre as principais altas do Ibovespa.

Na noite de sexta-feira, a companhia divulgou alta de 10,5 por cento no lucro líquido do segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado.

Bergamo comentou ainda, durante teleconferência com analistas, que a Hypermarcas não está vendo sinais de retração da demanda por medicamentos no terceiro trimestre e que a empresa está trabalhando para recompor estoques depois que a falta de alguns produtos a fez deixar de atender alguns pedidos de clientes no segundo trimestre.

"A demanda reagiu bem de maio em diante...Esse crescimento de demanda foi mais forte em mercados mais rentáveis como prescrição", disse o executivo.

"Não temos sinal de que demanda não vai continuar forte, estamos trabalhando a partir de julho muito forte para recompor os estoques para atendermos a demanda", acrescentou.

Segundo o executivo, a Hypermarcas manterá política de investimentos elevados em marketing apesar da crise econômica atravessada pelo país.

A estratégia tem feito a empresa elevar participação de mercado enquanto prepara lançamentos de produtos que podem adicionar bilhões de reais à receita futura.

Bergamo não citou sobre quais produtos a Hypermarcas tem trabalhado, mas afirmou que a empresa tem 210 projetos previstos para os próximos anos "que, após executados e lançados, representarão receita adicional a partir do quinto ano (de cada lançamento) de mais de 3,5 bilhões de reais".

Além disso, a Hypermarcas deverá seguir com política de distribuir na forma de dividendos aos acionistas eventuais excessos de liquidez no caixa.

A companhia tinha no início de julho um caixa de 636 milhões de reais e registrou no balanço pagamento de dividendos de 409,8 milhões de reais ante 158 milhões de reais na primeira metade de 2016.

Sobre eventuais reajustes de preços nos produtos da companhia nos próximos meses, o executivo foi enfático, afirmando que "não há ambiente para aumento de preços" diante de fatores como inflação em queda.

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