(Germano Lüders/Exame)
Victor Sena
Publicado em 23 de abril de 2021 às 06h00.
Última atualização em 23 de abril de 2021 às 06h23.
Engov, Apracur e até o clássico Biotônico Fontoura. A lista de marcas da farmacêutica Hypera no Brasil é grande e é essa forte presença no país que deve estar por trás de mais um resultado financeiro positivo.
Nesta sexta-feira, a empresa divulgará o balanço de seu primeiro trimestre de 2021 após o fechamento do mercado financeiro.
Os resultados de 2020 mostraram que no ano marcado pela pandemia a empresa teve uma receita de 4,08 bilhões de reais, um crescimento de 24% na comparação com 2019.
Antes da crise começar, a empresa tinha um ritmo de crescimento de 11% nas vendas dos produtos.
No segundo semestre de 2020, esse ritmo chegou a ficar negativo em 1,6%, mas voltou a subir, atingindo uma recuperação de 7,5% e 14,6% nos trimestres seguintes.
Desde o início da pandemia, as ações da companhia têm se mantido na casa dos R$ 30, apesar da forte oscilação.
Neste primeiro trimestre de 2021, foi finalizado o processo de compra de 18 marcas da japonesa Takeda na América Latina, aumentando o portfólio da empresa. Entre elas estão Neosaldina, Dramin e Eparema.
Outras marcas que também fazem parte do leque da empresa são a Zero Cal, de alimentação, e a dermatológica Episol.
Buscopam e Buscofem também foram aquisições anunciadas no segundo semestre de 2020, mas só devem começar a apresentar diferenças na receita a partir do segundo semestre, segundo o último relatório do Banco BTG Pactual - do mesmo grupo que controla a EXAME.
É este crescimento no leque de produtos - com apostas altas em aquisições de medicamentos sem receitas - que deve impactar os dados do balanço deste primeiro trimestre.
Outra empresa que apresenta seu balanço no começo do dia nesta sexta-feira é a Usiminas. Dados sobre a venda de aço no Brasil, divulgadas nesta semana, levantaram os ânimos de acionistas e fizeram com que as ações da companhia disparassem na véspera do divulgação de dos resultados.