HSBC: banco não informou qual proporção de seus atuais funcionários nestas posições é negra (Brendan McDermid/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de julho de 2020 às 16h30.
O HSBC pretende dobrar o número de funcionários negros em cargos de alto escalão até 2025, disse o presidente-executivo, Noel Quinn, em um memorando interno, enquanto o banco tenta agir contra a discriminação e criar oportunidades de progresso após o movimento Black Lives Matter.
Funcionários negros do banco disseram em reuniões internas que se sentiram esquecidos nas oportunidades de carreira e "não inspirados pela falta de modelos no alto escalão", disse Quinn em um memorando para todos os empregados visto pela Reuters nesta segunda-feira.
Uma porta-voz do HSBC confirmou o conteúdo do memorando.
O HSBC realizou reuniões com seus funcionários negros após os holofotes voltarem-se para o racismo sistêmico nos Estados Unidos e no mundo após o assassinato de George Floyd em maio.
Os funcionários negros nessas reuniões disseram que "o HSBC não tem sido forte ou forte o suficiente como organização nos assuntos que os preocupam", disse Quinn à equipe do memorando.
Em resposta, Quinn disse que o banco tentaria dobrar até 2025 o número de funcionários negros no "GCB3" ou em um nível superior, uma alta posição na hierarquia da empresa equivalente a diretor.
O banco não informou qual proporção de seus atuais funcionários nestas posições é negra.
"O movimento Black Lives Matter criou, com razão, uma demanda mais urgente por ação", disse Quinn. "Quero que sejamos julgados pelas ações concretas e sustentáveis que tomamos para ser um banco mais diversificado e inclusivo."
A iniciativa do HSBC de promover e contratar mais funcionários negros para seus escalões mais altos segue movimentos semelhantes de outros bancos em todo o mundo, incluindo o Goldman Sachs e o Lloyds Banking Group .
O HSBC também contratou uma empresa de recrutamento para ajudá-lo a contratar talentos negros e de etnias diversas para cargos de liderança, disse Quinn.