Negócios

HSBC está pronto para vender unidade brasileira por US$ 4 bi

Segundo fontes, o HSBC deverá escolher um comprador para a unidade brasileira até meados de junho, em uma operação que pode levantar cerca de US$ 4 bilhões


	HSBC: Bradesco, BTG Pactual, Santander e o Bank of Nova Scotia estão entre os interessados
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

HSBC: Bradesco, BTG Pactual, Santander e o Bank of Nova Scotia estão entre os interessados (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 16h49.

O HSBC Holdings Plc deverá escolher um comprador para a sua unidade brasileira até meados de junho, em uma operação que pode levantar cerca de US$ 4 bilhões, segundo duas fontes com conhecimento direto do plano.

O Banco Bradesco SA e o BTG Pactual, do Brasil, o Banco Santander SA, da Espanha, e o Bank of Nova Scotia, do Canadá, estão entre os interessados, disseram as fontes, que pediram anonimato porque os detalhes são privados.

O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e o Banco da Construção chinês também avaliam o negócio, disse uma das fontes. O documento de vendas foi enviado aos ofertantes há cerca de duas semanas, segundo as fontes.

O CEO do HSBC, Stuart Gulliver, 56, citou o Brasil, o México, a Turquia e os EUA como potenciais mercados para saída em um momento em que ele busca formas de reduzir custos e reforçar os lucros.

O maior banco da Europa vendeu ou fechou cerca de 77 negócios desde 2011 porque os órgãos reguladores estão aumentando a fiscalização sobre os balanços e exigindo reservas de capital mais elevadas para ativos de risco.

“Medidas decisivas para sair de mercados importantes seriam bem recebidas pelo mercado”, disse Jason Napier, analista do Deutsche Bank AG, em uma nota no dia 5 de maio.

A unidade brasileira pode ser avaliada entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4,6 bilhões, segundo Tito Labarta, analista do Deutsche Bank.

O Goldman Sachs Group Inc. está assessorando a venda, segundo as fontes.

‘Mercado atrativo’

Funcionários dos bancos HSBC, Goldman Sachs, Santander, Bank of Nova Scotia, Bradesco e ICBC preferiram não comentar.

Um assessor de imprensa do Banco da Construção em Pequim disse que a empresa ainda está no processo de conclusão da aquisição do Banco Industrial e Comercial SA, do Brasil, e que não tem ciência de nenhuma outra aquisição potencial na região.

“Temos a obrigação de estar atentos, porque esta é uma transação muito importante para o sistema financeiro brasileiro, mas honestamente estamos muito felizes com a plataforma que temos”, disse João Dantas, diretor de relações com investidores do BTG.

“Nós temos cerca de 3.500 funcionários e o HSBC, mais de 20.000 trabalhadores. Além disso, o negócio de varejo não é nossa prioridade”.

O CEO do Scotiabank, Brian Porter, disse a repórteres, em abril, que não descartaria aquisições no Brasil a longo prazo, referindo-se ao país como um “mercado atrativo” e “excitante”.

“O banco tem um histórico de realizar aquisições e isso pode ocorrer em qualquer lugar dentro do nosso espaço”, disse ele na ocasião.

A unidade brasileira do HSBC é o sétimo maior banco do país, segundo Labarta, do Deutsche Bank.

O banco tem cerca de 853 agências, R$ 145,7 bilhões (US$ 48 bilhões) em ativos e registrou um prejuízo de R$ 441 milhões em 2014, segundo seu relatório anual.

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoBradescoBTG PactualEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasEmpresas inglesasFinançasFusões e AquisiçõesHoldingsHSBCSantander

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'