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HSBC confirma plano para venda no Brasil, mas segue presente

Enquanto arruma as malas no Brasil e Turquia, o HSBC anuncia que pretende "reconstruir a lucratividade no México"


	HSBC: redimensionamento do banco "permitirá à casa estar "alinhada com as maiores zonas econômicas e de comércio do mundo"
 (Susana Gonzalez)

HSBC: redimensionamento do banco "permitirá à casa estar "alinhada com as maiores zonas econômicas e de comércio do mundo" (Susana Gonzalez)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 06h13.

Londres - O banco HSBC venderá a filial de varejo no Brasil, mas pretende manter alguma presença no País para atender grandes corporações.

Em apresentação aos investidores, a casa explica a saída do mercado brasileiro com a lembrança de que, para ser um dos três maiores, teria de multiplicar o total de ativos por seis no País.

O redimensionamento do banco, que também atinge outros mercados e áreas de negócios, permitirá à casa estar "alinhada com as maiores zonas econômicas e de comércio do mundo".

Durante a atualização das perspectivas do banco anunciada em evento para investidores na capital britânica, o HSBC reafirmou que pretende vender as operações no Brasil e Turquia. A saída do mercado brasileiro, porém, não será completa. "Planejamos manter presença no Brasil para atender grandes clientes corporativos com respeito às necessidades internacionais", diz o comunicado do banco divulgado em Londres.

No material que será apresentado ainda esta manhã aos investidores, o banco nota que a revisão da presença do banco "atinge mercados com conectividade limitada; com presença, mas desafio para ganhar escala ou que não atendam completamente aos requerimentos de risco e transparência".

O documento não cita qual o problema específico relacionado ao Brasil ou Turquia.

Na apresentação, porém, é possível observar que um dos argumentos do HSBC é que, para ser o terceiro maior banco no Brasil e Turquia, a instituição teria de multiplicar os ativos em mais de seis vezes.

Outro argumento é que as exportações dos dois países (US$ 225 bilhões no Brasil e US$ 169 bilhões na Turquia) são comparativamente menores que em outros mercados em que a casa seguirá com as portas abertas, como México (US$ 398 bilhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 373 bilhões) e Índia (US$ 324 bilhões).

Enquanto arruma as malas no Brasil e Turquia, o HSBC anuncia que pretende "reconstruir a lucratividade no México".

Uma das intenções na segunda maior economia latino-americana é aproveitar as oportunidades criadas com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o Nafta.

A principal aposta do HSBC, porém, está na Ásia. "O HSBC planeja desenvolver negócios no delta do Rio das Pérolas, na província de Guangdong (áreas da China) e na região da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático", diz o comunicado.

Entre as áreas que serão mais exploradas na região, estão a gestão de ativos e os seguros. Além disso, o banco quer aproveitar as oportunidades criadas pela internacionalização da moeda chinesa.

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