São Paulo – Depois da divisão da HP em dois negócios distintos, Meg Whitman quer dar mais um passo rumo à reestruturação da companhia, com a venda de toda área de software.
A compra do grupo britânico de software Autonomy, em outubro de 2011, foi feita para dar à empresa mais competitividade no ramo corporativo.
No entanto hoje, pelo mesmo motivo, a HP pretende levantar entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões com a venda da divisão, pela qual ela pagou US$ 11 bilhões no passado.
Dois fundos privados, Thoma Bravo e Vista Capital, estariam interessados no negócio, segundo jornais estrangeiros, e teriam feito ofertas de US$ 7,5 bilhões.
Se fechada, a transação enxugaria ainda mais a Hewlett Packard Enterprise, unidade do grupo de serviços e equipamentos corporativos, e daria a ela foco em tecnologia de data centers, caminho por qual a HPE pretende seguir para crescer.
A Autonomy é parte da divisão de software da unidade, que no ano passado teria faturado US$ 3,6 bilhões ou 7% do total do grupo.
Especializada em análise de grandes quantidades de dados, a empresa foi comprada com um ágio de 79% sobre seu valor de mercado e acabou se mostrando um mau negócio.
Um ano depois de ser comprada registrou um faturamento de apenas 870 milhões de dólares, o que levou a demissão do vice-presidente executivo da HP, o fundador da britânica que havia permanecido no negócio.
Já no comando, Whitman declarou que grande parte das receitas da Autonomy eram fraudulentas na época da aquisição, o que levou a HP a uma baixa contábil de US$ 8,8 bilhões.
A alegação foi veemente negada pelos antigos donos da empresa e um impasse jurídico entre as duas partes segue sem desfecho.
Procurada, a HPE disse não comentar boatos.
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1. Nova empresa, nova casa
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São Paulo - Desde novembro do ano passado, a antiga
HP está dividida em duas empresas: a Hewlett Packard Enterprise, que atua na área de software, serviços e equipamentos corporativos, e a HP Inc., que cuida de computadores e impressoras, voltados para pessoas físicas e organizações. Na cisão, a
sede da antiga companhia, no condomínio Alphaville, em Barueri (SP),
ficou para a Hewlett Packard Enterprise. A HP Inc. aproveitou, então, para reunir as pessoas que hoje compõem seu time em um único ambiente – antes, elas ficavam distribuídas entre cinco
escritórios, situados na região metropolitana de São Paulo. O local escolhido para abrigar toda a equipe foi o edifício onde fica o shopping Iguatemi, também em Alphaville, onde a HP ocupa hoje quatro andares. EXAME.com visitou o espaço para conferir como tudo foi organizado por lá. Veja nas fotos.
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2. Clássico, mas moderno
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A equipe da HP Inc. se mudou para a nova sede no final de outubro do ano passado. A reforma dos quatro andares durou 90 dias. Por ser responsável pelos produtos voltados diretamente ao consumidor final, a HP manteve a identidade visual da antiga empresa, que já está consolidada no mercado. No escritório, o desafio foi unir os elementos clássicos da marca a conceitos modernos e cores.
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3. Design aberto
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3/19 (Divulgação/HP)
Diferentemente das estruturas antigas, que tinham estações de trabalho fixas e ambientes fechados, a nova sede da HP possui um design aberto e móvel, para incentivar a colaboração entre o time. Setores como RH e jurídico, que tratam de assuntos confidenciais, também têm o ambiente aberto internamente, mas ficam em salas separadas. Os três laboratórios de manufatura existentes no prédio também são exceção. Eles são fechados e possuem restrição de acesso, pois abrigam produtos que ainda não foram lançados.
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4. Sem mesas fixas
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4/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
A grande maioria dos funcionários não têm mesas cativas. Apesar de cerca de 800 pessoas atuarem no escritório, só existem 600 posições de trabalho. Em compensação, há diversas áreas de convivência espalhadas pelos quatros andares, muito utilizadas pela equipe para as tarefas diárias. Juntas, elas somam 175 assentos. No total, a sede acomoda 1.600 pessoas sentadas. Ela possui uma área útil de cerca de 5.200 metros quadrados.
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5. Inovação e lucro
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A ideia de modernizar o ambiente, segundo Rinaldi, engaja os funcionários e traz resultados para a HP. "Com um ambiente que olha para o futuro, os funcionários também ficam inspirados a inovar onde interessa para a empresa, que é o desenvolvimento de produtos, o lucro", diz Carlos Rinaldi, diretor de operações da companhia.
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6. Vizinhanças
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6/19 (Divulgação/HP)
Como o ambiente não possui divisórias e mesas exclusivas, para facilitar a localização dos funcionários e incentivar a colaboração entre eles, o escritório é organizado por setores afins, chamados pela HP de "vizinhanças". Elas são identificadas por placas afixadas no teto.
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7. Arquitetura paulistana
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7/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
O tema escolhido para decorar a sede foi a arquitetura da cidade de São Paulo. Por todo o canto, há gravuras de lugares icônicos da capital nas paredes. Como não poderia deixar de ser, as figuras foram impressas em equipamentos da HP.
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8. Parede lousa
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8/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
Algumas paredes foram pintadas como lousas, para que os funcionários deixem seus recados. As mensagens vistas na foto foram deixadas no dia da inauguração da "casa nova".
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9. Para guardar
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9/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
Como quase ninguém tem mesa fixa, 960 escaninhos foram instalados no escritório para que os empregados possam guardar seus objetos pessoais. Cada um tem a sua chave. Os sistemas da empresa também podem ser totalmente acessados remotamente. Até o telefone fixo é dispensável. Por meio de um recurso online da companhia, é possível realizar chamadas internas pelo computador ou celular.
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10. Área da direção
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10/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
Nem mesmo os diretores da empresa possuem salas ou mesas fixas. Porém, eles ficam reunidos em uma área específica.
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11. Luz e ar naturais
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11/19 (Divulgação/HP)
O espaço também foi projetado para aproveitar a luz solar. A iluminação artificial foi toda composta por lâmpadas de led, que gastam menos energia. "O custo de implementação delas é alto, mas o de manutenção é mais baixo", explica Rinaldi. Durante a madrugada, um dispositivo automático faz com que as janelas se abram para que o ar se renove, o que reduz o uso do ar condicionado.
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12. Salinhas de foco
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12/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
Em um ambiente totalmente aberto, às vezes é difícil cumprir tarefas que exigem muita concentração e ter privacidade para tratar assuntos confidenciais. Para resolver essa questão, a HP instalou pelo escritório 35 salinhas individuais, chamadas "focus".
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13. De todos os portes
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13/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
Há ainda diversas salas de reunião: 10 que comportam até 12 pessoas, 6 que abrigam até 20 e uma com capacidade para até 44 pessoas.
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14. Para encontros e refeições
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14/19 (Divulgação/HP)
Em cada andar, também foi instalado um "e-club", copas que contam com mesas, máquinas de café e snacks, geladeira e micro-ondas. Além de ser um espaço de convivência, elas são opções para os funcionários que querem trazer o lanche ou a refeição de casa. Nelas, assim como na recepção, há grandes painéis de led que a HP usa para reproduzir vídeos e repassar informações aos funcionários.
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15. Experience center
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15/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
Um dos pisos foi equipado também com o "experience center", showroom onde os clientes da companhia podem testar os produtos que ela fabrica.
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16. Muita gente reunida
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Há também um auditório com capacidade para 126 pessoas.
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17. Embaixadores da mudança
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17/19 (Divulgação/HP)
Para ajudar a equipe a se acostumar com o novo escritório aberto, a HP escolheu 25 funcionários de diferentes áreas da empresa para serem os "embaixadores da mudança". Eles puderam visitar o local durante a reforma e tinham a missão de repassar o conceito aos demais. A companhia também traçou um plano de comunicação dedicado ao assunto e mostrou a todos funcionários imagens 3D de como ficaria o ambiente.
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18. Equipe completa
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18/19 (Luísa Melo/EXAME.com)
No total, a HP emprega cerca de 1.500 pessoas no Brasil. Além dos 800 funcionários da sede, em Alphaville, há equipes em uma filial na região Sul e também uma força de vendas e atendimento ao cliente espalhada pelo país.
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19. Agora conheça o escritório da Audi
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19/19 (Luísa Melo/EXAME.com)