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HP sofre debandada de executivos devido à reestruturação de Leo Apotheker

Nesta semana, três executivos de alto escalão deixaram a companhia. Desde novembro, pelo menos 10 já saíram da HP

A reestruturação de Leo Apotheker gerou insatisfação em vários executivos que preferiram pedir demissão  (Ralph Orlowski / Getty Images)

A reestruturação de Leo Apotheker gerou insatisfação em vários executivos que preferiram pedir demissão (Ralph Orlowski / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 16h47.

São Paulo – Quando o então presidente-executivo da HP, Mark Hurd, deixou a posição devido ao escândalo financeiro e sexual, em agosto do ano passado, não era possível prever os outros problemas que isso poderia desencadear. Desde que Leo Apotheker, antigo presidente da SAP, veio para a HP, em novembro de 2010, a empresa tem visto uma debandada de executivos seniores, diante da reestruturação comandada pelo novo chefe. Até agora, pelos menos 10 já saíram da companhia, de acordo com a imprensa internacional.

Nesta semana, os três vice-presidentes seniores Marius Haas, Tom Iannotti e Gary Budzinski deixaram seus cargos. Haas, que comandava o negócio de redes de computadores, deverá trabalhar na empresa de private equity KKR & Co, Iannotti, dos serviços corporativos, está se aposentando e Budzinski, que era chefe dos serviços de manutenção de computadores, simplesmente resolveu sair da HP por não concordar com a política de Leo Apothker de reestruturar a companhia.

Com a estagnação do mercado de computadores, o novo CEO tem feito mudanças muito questionadas na estrutura da HP, com a finalidade de torná-la um fornecedor mais lucrativo de softwares e serviços de “computação de nuvem”. Apotheker demitiu alguns funcionários, remanejou outros, mas também teve que aceitar algumas demissões em discordância de sua gestão.

Na nova estrutura, Apotheker tem criado mais cargos que reportam diretamente a ele e, até agora, vários postos de chefia já foram preenchidos. Segundo a imprensa internacional, outros 15 ainda estão para chegar à companhia. Resta agora saber se essa dança das cadeiras vai cumprir o objetivo de fazer a HP driblar as dificuldades do mercado de computadores.

Os resultados do segundo trimestre fiscal da empresa, anunciados neste mês, ficaram acima do previsto, com um lucro líquido de 2,3 bilhões de dólares – alta de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas os bons ventos nas finanças da empresa não devem durar. Para o próximo trimestre, a empresa já deixou claro que as expectativas são “decepcionantes” e a previsão de crescimento no ano é baixa. 

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