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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
São Francisco - A Hewlett-Packard, que impressionou Wall Street com um desempenho sólido nos últimos cinco anos sob a liderança de Mark Hurd, enfrenta a difícil tarefa de tranquilizar seus investidores de que pode manter os bons resultados, em meio à crescente concorrência de rivais.
Concorrentes no setor de tecnologia estão buscando espaço nos principais mercados da HP, desde impressoras e PCs a eletrônicos e serviços corporativos, enquanto investidores questionam o comprometimento da HP em manter os cortes de custos que geraram o salto nos lucros e que foram a marca da era Hurd na empresa.
A HP deve realizar sua teleconferência com analistas sobre seu balanço trimestral nesta quinta-feira. Mas, desde a divulgação de seus resultados preliminares no começo do mês, o foco para o mercado será a estratégia da empresa e sua capacidade de manter um desempenho forte em todas as suas diferentes operações.
As ações da HP caíram cerca de 11 por cento desde que anunciou a repentina renúncia de Hurd em 6 de agosto devido a acusações de assédio sexual.
"Isso cria mistério e afeta as ações", disse Daniel Morgan, gerente de portfólios da Synovus Securities, que detém ações da companhia.
"Eles até podem dizer que têm um programa, que têm um plano, mas ele não vai estar lá para colocá-lo em prática", disse Morgan sobre as perspectivas da empresa sem Hurd.
Dúvidas sobre o quadro executivo também rondam a Dell, terceira maior fabricante de PCs do mundo, que divulga seus resultados também na quinta. Segundo documento enviado pela empresa a reguladores da terça-feira, cerca de um quarto dos votos na assembleia de acionistas da Dell não apoiavam sua reeleição para presidir o Conselho de Administração da companhia.
As ações da Dell perderam mais de 50 por cento de seu valor desde agosto de 2008, e a empresa teve uma despesa recente de 100 milhões de dólares de indenização após uma investigação do governo sobre suas práticas de contabilidade.
Esses problemas surgem em um momento inoportuno para ambas as gigantes de tecnologia. A concorrência vem aumentando com a expansão de rivais como Oracle e Cisco Systems em novos mercados, enquanto os smartphones e tablet de empresas como Apple e Google ameaçam as vendas de PCs.
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