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"House of Cards" é só um castelo de cartas para o Netflix?

Após investir US$ 100 milhões no seriado, Netflix obtém retorno menor que o de séries antigas, como Mad Men e Star Trek


	Kevin Spacey, protagonista da série "House of Cards": elogios da crítica são maiores que a audiência
 (Getty Images/Getty Images)

Kevin Spacey, protagonista da série "House of Cards": elogios da crítica são maiores que a audiência (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 14h30.

São Paulo – Quando foi lançado em fevereiro deste ano, “House of Cards” marcou a aposta do Netflix de produzir conteúdos próprios para brigar, cada vez mais, com as TVs pagas. O problema é que o investimento de 100 milhões de dólares, para as duas primeiras temporadas, está dando menos retorno do que o esperado.

Essa é a conclusão de uma pesquisa da consultoria GfK, que apurou a audiência da primeira temporada entre os dias 3 e 8 de abril. De acordo com o americano The Wall Street Journal, que divulgou o resultado do trabalho, “House of Cards” responde por apenas 1% dos vídeos assistidos na locadora online.

Como comparação, “Mad Men”, exibido no Brasil pela HBO, e “Breaking Bad”, veiculado por aqui pela AXN, atraem 3% da audiência cada um. Mesmo “Heroes”, o rocambolesco seriado em pessoas comuns ganham superpoderes, cancelado pela NBC devido ao baixo desempenho, apresenta 2% de audiência no Netflix.

Segundo o WSJ, o mercado sempre se ressentiu da falta de informações sobre a audiência de “House of Cards”, aclamado pela crítica com nove indicações ao Emmy deste ano.

No escuro

Os principais interessados nesses dados são executivos do mercado de mídia, que desejam negociar o licenciamento da série. Sem informações precisas sobre sua audiência, determinar um preço para as licenças era uma tarefa feita no escuro.

Mas o baixo desempenho da série, em comparação a outras oferecidas pela locadora, pode enfraquecer, em vez de reforçar, a posição da Netflix nessas negociações. Segundo o WSJ, a Netflix comentou apenas genericamente os dados da GfK. Para a empresa, muitos fatores interferem na audiência, como o número de temporadas e de episódios disponíveis para cada série. Segundo esse raciocínio, seriados antigos, que passaram muito tempo em cartaz, tenderiam a mobilizar mais audiência, devido à quantidade de material disponível para assistir via web.

A segunda temporada está atualmente em produção, com 13 episódios previstos. Será a chance de o mercado conferir se a aposta da Netflix é apenas um castelo de cartas.

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