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Hotéis querem organização da F1 para Copa

Associação de hotéis defende que organização dos jogos sigam o modelo da Fórmula 1

Pacotes de turismo são destaque do modelo de negócios por trás do Grande Prêmio de Fórmula 1, segundo associação (Getty Images)

Pacotes de turismo são destaque do modelo de negócios por trás do Grande Prêmio de Fórmula 1, segundo associação (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2010 às 13h31.

São Paulo - O 39º Grande Prêmio de Fórmula 1 deverá gerar 15 mil empregos diretos e indiretos, além de trazer R$ 250 milhões à capital paulista, segundo estimativa da prefeitura.

Esses benefícios são possíveis devido à “excelência” na organização da competição, de acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (Abih), Bruno Omori. Para ele, a disputa é o evento “mais bem estruturado na cidade” e deve servir de modelo para a Copa do Mundo de 2014. 

“A ideia é tentar pegar a Fórmula 1 e adaptar para quando tivermos a Copa”, explicou. “Que cada jogo da Copa tenha esse perfil que a gente tem na Fórmula 1, em atendimento e logística”, completou.

Entre os pontos fortes em relação ao Grande Prêmio, Omori destacou o fato de as operadoras de turismo venderem pacotes fechados com hospedagem, passagens, ingressos e “às vezes até mesmo uma atividade correlata”, como festas.

Com essas facilidades, Omori explica que quase 90 mil turistas (22% estrangeiros) acabam tendo um acesso melhor às opções oferecidas pela capital e consequentemente movimentando a economia da cidade. Um público que, em geral, tem boa condição econômica. “Na Fórmula 1 tem que vir com recursos financeiros, porque tudo o que envolve a competição é muito caro.”

Além disso, os fãs do esporte costumam, segundo Omori, vir acompanhados de outras pessoas, como familiares e amigos, que usufruem de outras atrações paulistanas. “A esposa vai fazer compras na 25 de Março, depois vai ao teatro e passa na Oscar Freire [rua conhecida pelas lojas de grife]”, exemplificou.

Não só os hotéis, que ficam quase totalmente ocupados por conta da competição, conseguem um bom faturamento durante o evento esportivo. “Todos os restaurantes acabam tendo uma taxa alta de virada [número de vezes que uma mesa é ocupada por clientes diferentes]”, pontuou Omori.

Entre os eventos que aproveitam a sinergia da Fórmula 1 está o Salão do Automóvel, que deve atrair este ano 280 mil turistas, sendo 47 mil estrangeiros, segundo estimativa da prefeitura. Espera-se que esses visitantes deixem R$ 135 milhões na cidade. A exposição começou no último dia 27 e termina no domingo (7), mesmo dia da disputa automobilística.

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