Dieta à base de plantas inclui não apenas frutas e vegetais, mas também nozes, sementes, óleos, grãos integrais, legumes e feijões (Alexander Spatari/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 29 de maio de 2024 às 15h00.
Última atualização em 29 de maio de 2024 às 16h22.
O ecossistema alimentar e de uso da terra é responsável por um terço das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), segundo dados levantados por pesquisadores do Joint Research Center da Comissão Europeia. E, por consequência, trata-se de um segmento que impacta de forma relevante as mudanças climáticas.
Atentos a isso, alguns hospitais dos Estados Unidos interessados em reduzir suas pegadas de carbono decidiram reformular a alimentação que é servida a pacientes e equipes. Foram 23 provedores de saúde comprometidos com a iniciativa, batizada de “Compromisso Coolfood”. Juntos, esses hospitais servem 31 milhões de refeições por ano.
A principal mudança foi alterar a base da alimentação. Ela passou a ser principalmente baseada em plantas, conhecida como “plant-based”. Com essa alteração, ao longo de 2022, esses 23 centros de saúde conseguiram reduzir suas emissões de gases de efeito estufa por prato de comida em 21%. O resultado está em um ritmo mais acelerado do que o necessário para alcançar a meta de 25% estabelecida pelo “Compromisso Coolfood” até 2030.
Nas 23 organizações do setor de saúde participantes do experimento, houve um aumento de 27% nos alimentos à base de plantas. Empresas de outros setores também se comprometeram com o “Compromisso Coolfood”, iniciado em 2018, totalizando 60 organizações – mas o grupo mais representativo é da área da saúde.
Uma dieta à base de plantas concentra-se em alimentos provenientes de plantas, incluindo frutas, vegetais, nozes, sementes, óleos, grãos integrais, legumes e feijões. Ter uma alimentação à base de plantas não significa ser vegetariano ou vegano e nunca consumir carne ou laticínios. É uma escolha individual por ter uma proporção maior de alimentos de fontes vegetais na dieta.