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Homem mais rico do mundo perde R$ 26,5 bilhões em um dia

Elon Musk perdeu US$ 5 bilhões em um dia com queda nas ações da Tesla; queda na fortuna foi de apenas 1%

Elon Musk: bilionário perdeu dinheiro, mas pouco se comparado ao tamanho da fortuna (Montagem EXAME/Getty Images)

Elon Musk: bilionário perdeu dinheiro, mas pouco se comparado ao tamanho da fortuna (Montagem EXAME/Getty Images)

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 07h24.

O homem mais rico do mundo perdeu R$ 26,5 bilhões em um dia (cerca de US$ 5 bilhões na cotação atual), segundo dados da Forbes em tempo real. Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA), viu sua fortuna cair por conta da oscilação nas ações da fabricante de veículos elétricos. Às 7h18, no horário de Brasília, os papéis da empresa tinham queda de 0,26% no pré-mercado. Na quinta-feira, 20, a Tesla fechou em queda de 2,17%.

Apesar de parecer alta, a queda da fortuna foi de apenas 1,06%. Atualmente, de acordo com a Forbes, Musk tem uma fortuna estimada de US$ 462,8 bilhões — ou R$ 2,6 trilhões, o que, pelo menos em reais, já faria Musk ser o primeiro trilionário do mundo.

Mesmo não sendo um trilionário em dólares, o empresário já é o homem mais rico da história de acordo com alguns parâmetros.

O PIB como métrica

Antes da era digital, a riqueza das pessoas era medida principalmente pelo impacto no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e não apenas pela soma nominal de ativos. A métrica considerava o domínio econômico de uma pessoa em seu tempo.

Em termos proporcionais ao Produto Interno Bruto (PIB), nomes históricos ainda rivalizam ou superam Musk. John Davison Rockefeller, por exemplo, controlava cerca de 1,5% a 1,6% da economia dos Estados Unidos em 1913, o que chega bem perto do 1,61% de Musk em 2025.

Jakob Fugger, banqueiro europeu do século XVI, chegou a deter cerca de 2% do PIB da Europa, equivalente a aproximadamente US$ 400 bilhões ajustados pelos valores atuais.

Mansa Musa, imperador do Mali entre 1312 e 1337, é frequentemente apontado como o mais rico da história, mas historiadores alertam para a imprecisão desses cálculos. Durante sua peregrinação a Meca, distribuiu tanto ouro que desvalorizou o metal no Egito por mais de uma década.

Já o imperador romano Augusto César controlava de forma direta ou indireta até 30% da economia global de sua época. Estimativas sugerem que isso equivaleria hoje a até US$ 4,9 trilhões — mas especialistas reconhecem um alto grau de especulação nessa estimativa.

Riqueza nominal vs. influência econômica

No critério de riqueza nominal (a soma absoluta em dólares) Musk lidera com folga.

Seus quase US$ 500 bilhões superam os picos de Jeff Bezos (US$ 260 bilhões), Mark Zuckerberg (US$ 250 bilhões) e Bernard Arnault (US$ 209 bilhões).

Rockefeller, frequentemente citado como o homem mais rico da era industrial, acumulou US$ 900 milhões em 1913, o que corresponderia a cerca de US$ 26 a US$ 29 bilhões em valores atuais — uma diferença de até 94,6% em relação a Musk.

A diferença entre riqueza nominal e poder econômico contextualizado é o que complica as comparações históricas.

Enquanto Musk detém seu patrimônio majoritariamente em ações de empresas de tecnologia, figuras como Rockefeller ou Fugger operavam com ativos tangíveis, como petróleo e metais preciosos.

E o Barão de Mauá?

No Brasil, Irineu Evangelista de Sousa, o barão de Mauá, foi considerado o homem mais rico do país no século XIX.

Em seu auge, controlava oito das dez maiores empresas nacionais, além de bancos, ferrovias, estaleiros e companhias de navegação que modernizaram a economia brasileira. Sua atuação também se estendia ao exterior, com negócios na Inglaterra, Uruguai e Argentina.

O impacto de sua fortuna era tão grande que, em meados de 1867, ela ultrapassava o próprio orçamento do Império do Brasil. Segundo estimativas, seu patrimônio acumulado chegaria hoje a cerca de US$ 80 bilhões — valor expressivo, mas ainda distante dos atuais quase US$ 500 bilhões de Musk.

A principal diferença entre os dois está na escala econômica em que atuavam. Enquanto Mauá dominava amplamente uma economia de base agrária e industrial incipiente, Musk concentra sua riqueza em setores de alta tecnologia em uma das maiores economias do mundo.

As fortunas do século XIX também eram baseadas em ativos tangíveis — terras, navios, infraestrutura, metais —, ao passo que a de Musk é composta majoritariamente por ações de companhias de capital aberto, cujas avaliações flutuam com o mercado.

Apesar de sua relevância econômica, o império de Mauá enfrentou forte resistência da elite conservadora da época, especialmente após a Guerra do Paraguai, e colapsou em meio a uma crise financeira.

Ao final da vida, ele voltou à atividade como corretor de café e morreu com recursos bastante reduzidos em relação à sua antiga fortuna.

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