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Herdeiro da Samsung é libertado após condenação ser suspensa

Lee Jae-yong tinha sido condenado em agosto passado a cinco anos de prisão por subornar a ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye

Lee Jae-yong: Alto Tribunal de Seul decidiu diminuir esta pena para dois anos e meio e autorizou Lee a cumpri-la em regime aberto (Ahn Young-joon/Pool/Reuters)

Lee Jae-yong: Alto Tribunal de Seul decidiu diminuir esta pena para dois anos e meio e autorizou Lee a cumpri-la em regime aberto (Ahn Young-joon/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 06h46.

Seul - A justiça da Coreia do Sul suspendeu hoje a condenação de cinco anos de prisão ao herdeiro e líder de fato da Samsung, Lee Jae-yong, e autorizou sua saída da prisão ao desculpar-lhe de vários dos delitos relacionados com o caso de corrupção conhecido no país como "Rasputina".

Lee tinha sido condenado em agosto passado a cinco anos de prisão por subornar a ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye, com o objetivo de obter favores do Governo na sua consolidação como líder do grupo, desviar fundos, esconder ativos no estrangeiro e perjúrio.

O Alto Tribunal de Seul decidiu diminuir esta pena para dois anos e meio e autorizou Lee a cumpri-la em regime aberto, pelo que lhe permite sair de imediato da penitenciária onde se encontrava, depois que outra instância retirou muitas das acusações a que tinha sido condenado.

Depois que a defesa de Lee recorreu da sentença, os juízes consideraram que não ficou provado que a empresa tenha obtido favores do governo dentro do esquema de tráfico de influência orquestrado pela ex-presidente Park Geun-hye e seu amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina".

Lee tinha sido condenado por doar cerca de 8,8 bilhões de wons a Park e a Choi, em troca de receber apoio do Governo para uma operação essencial para a empresa e considerada de importância estratégica para a sucessão à frente da companhia.

A operação, uma fusão entre duas filiais da Samsung que aconteceu em 2015, reforçou o controle de Lee sobre o conglomerado, cuja liderança assumiu de fato um ano depois que seu pai, Lee kun-hee, sofrera um infarto que o deixou deficiente.

Lee, de 49 anos, deixou hoje as instalações penitenciárias onde permanecia há quase um ano - foi preso em 17 de fevereiro de 2017 -, e evitou fazer declarações para o grande número de jornalistas que tinham se reunido no local para aguardar sua saída.

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