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Helibras dá início a ampliação da fábrica em Itajubá-MG

Itajubá - A Eurocopter quer fazer do Brasil sua terceira base completa de produção de helicópteros no mundo. As outras duas ficam na França e na Alemanha. A meta é que a Helibras, empresa brasileira na qual a Eurocopter detém 75% do capital, esteja em condições de desenvolver uma aeronave inteiramente no Brasil na próxima […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Itajubá - A Eurocopter quer fazer do Brasil sua terceira base completa de produção de helicópteros no mundo. As outras duas ficam na França e na Alemanha. A meta é que a Helibras, empresa brasileira na qual a Eurocopter detém 75% do capital, esteja em condições de desenvolver uma aeronave inteiramente no Brasil na próxima década. Segundo o presidente mundial, Lutz Bertling, a construção da segunda fábrica da Helibras em Itajubá (MG), para a produção do modelo EC 725, é apenas o primeiro de grandes investimentos previstos para o País.

O grupo francês lançou hoje a pedra fundamental das obras da fábrica, na qual serão investidos US$ 420 milhões. "Estamos começando um capítulo novo hoje na história da Helibras", afirmou Bertling. Embora veja perspectivas positivas no mercado brasileiro, sobretudo para os setores de petróleo e gás, o presidente mundial da Eurocopter reconheceu que a decisão de reforçar os investimentos no Brasil só foi possível por causa do contrato de R$ 5,2 bilhões com o Ministério da Defesa para a venda de 50 helicópteros EC 725 para o Brasil até 2016. "Foi um empurrão, sem ele não seria possível fazer um investimento de longo prazo."

Os primeiros três helicópteros da encomenda serão produzidos na França e entregues no fim deste ano. Os primeiros equipamentos produzidos no Brasil só serão entregues a partir de 2013, depois que a construção da nova fábrica estiver concluída. O acordo do governo brasileiro com a Eurocopter prevê que a indústria chegue a um indíce de 50% de nacionalização.

A ampliação elevará a área ocupada pela Helibras dos atuais 11 mil metros quadrados para 24 mil metros quadrados. A previsão é de que o número de funcionários suba dos atuais 300 para algo em torno de 600. Além da versão EC 725, para uso militar, a Helibras produzirá o modelo 225, de uso civil. Segundo o presidente do conselho de administração da Helibras, Jorge Viana, a Petrobras é uma das empresas que já demonstraram interesse de compra por causa da características técnicas do equipamento, com autonomia de voo até 1,2 mil quilômetros.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje que a expansão da Helibras representa um importante avanço para o Brasil, que passa a ser um fabricante de helicópteros com perspectivas reais de atender não apenas o mercado interno para exportar para a África e outros países com os quais mantém fortes relações comerciais.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), destacou a importância da parceria entre Estado e governo federal para acordos que beneficiam o País. O governo de Minas detém 20% das ações da Helibras, fundada há 30 anos. O Estado assumiu a responsabilidade de construir um aeroporto em Itajubá, infraestrutura essencial para os planos de expansão da empresa.

A Helibras é a única fabricante de helicópteros na América Latina e produz um dos modelos de maior comercialização, o Esquilo, hoje com 43% de nacionalização. Já foram comercializados, desde o início da produção, cerca de 500 unidades. A Eurocopter é uma das seis maiores fabricantes de helicópteros do mundo, com 53% nos mercados militar e civil.

 

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