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Heineken adiará investimento no Brasil após imposto mais alto

Aumento nos impostos sobre a cerveja para 20,8% vai prejudicar a Heineken e outras empresas que fazem cerveja no Brasil

Um aumento nos impostos sobre a cerveja para 20,8%, contra os 17% atuais, a partir de outubro, vai prejudicar a Heineken e outras empresas que fazem cerveja no Brasil (Germano Luders/Justin Sullivan)

Um aumento nos impostos sobre a cerveja para 20,8%, contra os 17% atuais, a partir de outubro, vai prejudicar a Heineken e outras empresas que fazem cerveja no Brasil (Germano Luders/Justin Sullivan)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2012 às 17h56.

Rio de Janeiro - A Heineken, a terceira maior cervejaria do mundo, vai adiar os investimentos no Brasil depois que o governo aumentou os impostos sobre a cerveja, disse a Agência Estado neste sábado.

Um aumento nos impostos sobre a cerveja para 20,8 por cento, contra os 17 por cento atuais, a partir de outubro, vai prejudicar a Heineken e outras empresas que fazem cerveja no Brasil.

As cervejarias já estão sofrendo de custos crescentes devido a uma diminuição no valor da moeda brasileira frente ao dólar, disse a agência, citando Paulo Macedo, vice-presidente de Relações Corporativas da Heineken Brasil.

Cerca de 60 por cento dos custos das cervejarias brasileiras são em dólar porque elas precisam importar matéria-prima, disse a Agência Estado citando Macedo. A Heineken, sediada na Holanda, é a quarta maior cervejaria no Brasil.

O real desvalorizou 8,1 por cento frente ao dólar este ano e sofre sua segunda pior performance dos 36 mais comercializados contra o dólar depois do leu, da Romênia.

No ano passado, as vendas das cervejarias brasileiras caíram 2 por cento em comparação a 2010, e elas continuaram seu declínio este ano, caindo 1,6 por cento de janeiro a maio de 2012 em comparação ao mesmo período no ano passado, disse a Agência Estado.

Macedo não quis dizer quanto a Heineken pretendia investir no Brasil este ano, mas disse à Agência Estado que a indústria da bebidas frias planejava 7,9 bilhões de reais em investimentos.

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