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H&M se volta para fábricas da Etiópia

Depois de concentrar 80% de sua produção em países da Ásia, marca sueca diz que foca em novos mercados


	Loja da H&M, em Nova York: encomendas de teste foram feitas a fornecedores e novas fábricas serão construídas neste outono (no hemisfério norte)
 (AgnosticPreachersKid / Wikimedia commons)

Loja da H&M, em Nova York: encomendas de teste foram feitas a fornecedores e novas fábricas serão construídas neste outono (no hemisfério norte) (AgnosticPreachersKid / Wikimedia commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 16h37.

A loja de roupas sueca Hennes and Mauritz (H&M) disse nesta sexta-feira que expandirá sua rede de fornecedores à Etiópia, depois de concentrar 80% de sua produção em países da Ásia.

"Somos uma empresa expansionista e estamos constantemente olhando para novos mercados potenciais de venda para garantir que tenhamos capacidade para entregar produtos a todas as lojas em nossos mercados", disse a porta-voz da H&M, Camilla Emilsson-Falk, à AFP.

"Fazemos isso aumentando a produtividade dos mercados de produção existentes e olhando para novos mercados," acrescentou.

Encomendas de teste foram feitas a fornecedores e novas fábricas serão construídas neste outono (no hemisfério norte), mas é muito cedo para dizer quantos fornecedores serão usados e quando as fábricas estarão prontas para a produção, de acordo com Emilsson-Falk.

O país do leste da África tem uma longa história de produção de têxteis, couro e sapatos desde a ocupação italiana em 1939. Outros varejistas de vestuários já têm fornecedores no país, incluindo a Tesco e a produtora de sapatos chineses Huajian, fornecendo sapatos para a Guess e a Tommy Hilfiger.

"A Etiópia é um país com forte desenvolvimento e acreditamos que podemos sustentar o crescimento econômico e as oportunidades de emprego aqui", disse Emilsson-Falk.

Apesar do forte crescimento econômico, 9,9% ao ano em média desde 2004, de acordo com o Banco Mundial, a nação sub-saariana continua sendo uma das mais pobres do mundo. Um ano após a morte do primeiro-ministro, Meles Zenawi, o país ainda é criticado por violações aos direitos humanos.

"Fizemos uma extensa análise dos riscos da Etiópia, observando questões de direitos humanos e ambientais no país", disse Emilsson-Falk. "Trabalhamos com a melhora das condições de trabalho em nossos países produtores por muitos anos e aplicaremos nossa experiência quando estabelecemos relações com os fornecedores etíopes".

A H&M, que tem lojas no Egito e em Marrocos não tem planos concretos para uma maior expansão na África.

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