Negócios

Guiné deve decidir em um mês sobre joint-venture da Vale

País deverá decidir sobre o futuro de uma joint venture de propriedade da BSG Resources e da mineradora brasileira


	Vale: governo acusou a parceira da Vale  de subornar funcionários para fechar um acordo para explorar o gigante depósito de minério de ferro Simandou em 2008
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Vale: governo acusou a parceira da Vale  de subornar funcionários para fechar um acordo para explorar o gigante depósito de minério de ferro Simandou em 2008 (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 17h09.

São Paulo - A Guiné deverá tomar uma decisão dentro de um mês sobre o futuro de uma joint venture de propriedade da BSG Resources e da mineradora Vale, depois de receber respostas do grupo sobre um contrato controverso, disse o líder do comitê de mineração nesta quinta-feira.

O governo do país no oeste africano acusou a BSGR, o braço de mineração do conglomerado empresarial do bilionário israelense Beny Steinmetz, de subornar funcionários para fechar um acordo para explorar o gigante depósito de minério de ferro Simandou em 2008.

Representantes da VBG, a joint venture entre BSGR e Vale, foram convocados por um comitê de revisão de licenças de mineração para responder perguntas sobre o negócio no mês passado. O comitê estabeleceu um prazo até janeiro para respostas adicionais.

A BSGR negou enfaticamente e repetidamente as acusações de irregularidades e disse anteriormente acreditar que o procedimento do comitê é "fundamentalmente injusto".

"A VBG tem respondido pontualmente a nossas perguntas", disse o presidente do comitê, Nava Toure, à Reuters.

"Se o comitê considerar que os direitos foram adquiridos legalmente, a VBG pode prosseguir com suas atividades normais. Se considerar que houve realmente a corrupção, a pena poderá chegar até a extinção dos direitos", acrescentou.

Toure disse que iria passar o seu relatório final para um comitê de estratégia criado para tomar a decisão final em algum momento entre o final de janeiro e meados de fevereiro. Nenhuma data definitiva foi marcada para a decisão final.

Outra fonte familiarizada com o assunto deu o mesmo período de tempo. Uma fonte próxima à empresa confirmou que a BSGR tinha respondido ao comitê, transmitindo sua visão de que a comissão não conseguiu produzir provas para comprovar suas alegações.

A Vale, que se tornou parceira da BSGR em Simandou em 2010, negou repetidamente envolvimento em qualquer evento que tenha levado à alocação da licença em 2008, semanas antes da morte do então presidente Lansana Conte.

Desenvolver a parte norte de Simandou é uma prioridade para o país, que é um dos mais pobres na África, apesar da abundância de riquezas minerais. Além da concessão de Simandou, a BSGR também detém uma licença em área próxima de Zogota, no sul da Guiné.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasGuinéIndústriaJoint-venturesMineraçãoMineradorasSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem